sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O PROBLEMA NÃO É A DISCIPLINA


       Todos os dias os Professores estão às voltas em preparar o Plano de Aula ou o Semanário com as aulas a serem dadas naquela semana. As tarefas são planejadas, os materiais são separados. Ele crê que ao fazer desse modo, os alunos aprenderão, e se algo der errado simplesmente aplica a disciplina.

       Então... algo dá errado e os problemas aparecem. O Professor procura preparar a aula seguinte perguntando-se o que ele pode fazer para conseguir a atenção dos alunos, ou motivá-los a empenharem-se nas aulas. Acreditando que alunos mais atentos e motivados oferecerão menos problemas de disciplina.

       Mas, no dia seguinte o ciclo repete-se e o Professor continua tentando lidar com a falta de disciplina dos alunos.
       O problema é que a maioria dos Professores não gastam nenhum tempo gerenciando as suas salas de aula. Se os procedimentos de gerenciamento de sala de aula fossem ensinados, a maioria dos problemas de disciplina na sala desapareceria e mais tempo sobraria para ensinar.

       Você entra na sala de aula munida com os materiais e o Plano de Aula, naquele dia você até criou uma aula mais divertida para prender a atenção dos alunos, porém isso não é o suficiente.

        Se você ainda não criou procedimentos para: prender a atenção dos alunos, distribuir as tarefas, entrar na sala de aula, registro da aula no caderno, trabalho em grupo, procedimentos para faltas e atrasos, entregas de trabalhos e tarefas, apresentação de seminários, procedimentos para quando um aluno finaliza as tarefas antes de todos e um sem número de outras situações que necessitam de novos procedimentos, então lhe digo que quem controla a sala de aula não é você e sim os seus alunos. Eles é que de fato estão gerenciando a sua sala de aula do jeito que eles querem.

         Um Professor eficiente é um mestre no gerenciamento da sala de aula, pois ele sabe que o sucesso do aluno apenas ocorrerá quando o ambiente da sala de aula estiver organizado e estruturado para que o aprendizado possa ocorrer. E isso só acontece quando o aluno está realmente engajado na execução das tarefas.

         Gerenciamento da Sala de Aula e Disciplina não é a mesma coisa. O Professor não disciplina a sala de aula, ele gerencia a sala de aula. Nenhum aprendizado ocorre quando você fica o tempo todo disciplinando. Tudo que a disciplina faz é minimizar um comportamento incorreto, porém não garante aprendizado. O aprendizado só ocorre quando os alunos estão concentrados na realização das tarefas.

 - DISCIPLINA: tem a ver em como os alunos se COMPORTAM
 - PROCEDIMENTOS: tem a ver em COMO as coisas devem ser FEITAS
 - DISCIPLINA: tem a ver com punição e recompensas
 - PROCEDIMENTOS: não existe punição e nem recompensas

         As grandes maiorias dos problemas que os Professores chamam de problemas de comportamento, nada tem a ver com indisciplina. O problema número um na educação não é a falta de disciplina, é a falta de procedimentos e rotinas que acabam deixando os alunos no escuro sem saber como proceder na sala de aula.

         Para que os alunos saibam o que se passa na cabeça do Professor é necessário que o mesmo se manifeste criando os procedimentos e rotinas para o bom funcionamento da aula.

PORQUE OS PROCEDIMENTOS SÃO IMPORTANTES ?

           Os alunos aceitam prontamente a idéia de ter um conjunto bem definido de procedimentos, porque isso simplifica o seu dia a dia. Procedimentos eficientes possibilitam que várias tarefas sejam realizadas dentro do tempo previsto, com o mínimo de confusão e perda de tempo.

        Quando os procedimentos não são estabelecidos, muito tempo da aula é gasto na organização e realização das atividades. Como resultados surgem os comportamentos indesejáveis e então se gasta mais tempo tentando colocar ordem no ambiente.

        Os procedimentos são o alicerce que dão sustentação ao aprendizado dos alunos. O rendimento final dos alunos está intrinsecamente ligado a como o Professor estabelece o controle da sala de aula por meio dos procedimentos criados logo na primeira semana de aula.


Roseli Brito
Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach

Exterminador do futuro

O Brasil ainda não acertou no Ensino Médio. Vem aí outra reforma e as chances de êxito são mínimas. A proposta do MEC consiste em ampliar o atendimento para o tempo integral e incluir, no segundo turno, a formação profissional. Tudo indica que esse ciclo - considerado o exterminador do futuro - continuará justificando a alcunha.
Os dados indicam isso. O país tem cerca de 9 milhões de alunos no Ensino Médio e só 1 milhão em cursos profissionais. Metade tem mais de 18 anos e quase 50% dos cursos são noturnos.
De cada 10 jovens que iniciam o ciclo, só 4 o concluem. Há mais vagas no 1º ano do que concluintes do Fundamental. E o número dos que ingressam na universidade a cada ano é muito superior ao dos concluintes do Ensino Médio. A realidade mostra que quem não finaliza essa etapa ganha menos do que os formados apenas no Fundamental - o mercado identifica e penaliza fortemente os excluídos.
Onde está o erro? O primeiro problema está no Fundamental: só 15% dos que o concluem estão aptos para algum tipo de Ensino Médio. O segundo é o modelo de ensino que, baseado na estrutura curricular francesa do século 19, se caracteriza por um número enorme de disciplinas obrigatórias.
Esse conceito de educação geral visa preparar ou selecionar alunos para a universidade, via vestibular ou ENEM. Nenhuma outra nação jamais teve um Ensino Médio desse tipo.
As soluções propostas pelo MEC não lidam com as principais questões. Precisamos modificar a concepção de Ensino Médio, reduzindo o peso e número das disciplinas acadêmicas e diversificando os cursos - profissionalizantes ou não - para permitir currículos mais interessantes e saídas mais ajustadas ao mercado de trabalho, cada vez mais flexível.
O vestibular é outra questão. Urge criar mecanismos diferentes do ENEM e semelhantes aos dos demais países: o estudante pode optar pelas disciplinas e as universidades podem estabelecer critérios para aceitar seus alunos, tanto no que tange às matérias quanto às notas.
E isso, claro, só para os que vão cursar universidades. O que impede o Brasil de acertar a mão no Ensino Médio? A meu ver, quatro fatores. Primeiro, em matéria de educação, andamos na contramão do mundo.
Segundo, vigora a ideia de que todos irão para a Universidade e de que todos devem ter formação geral igual no Ensino Médio. Esse elitismo é reforçado pelas pressões corporativistas que visam assegurar mercados de trabalho para professores de disciplinas específicas.
O terceiro fator é o preconceito contra a capacitação profissional e qualquer coisa relacionada ao mercado. O quarto é a falta de entendimento de que essa formação só é eficaz quando ministrada em instituições com ethos desse tipo de ensino.
Quem acompanha o setor sabe que as escolas técnicas federais preparam alunos para as universidades, ao passo que o SENAI os capacita ao mercado. A pretexto de oferecer educação integral em tempo integral, o MEC perpetua os vícios. Onde está a mudança da atual reforma?
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João Batista Araujo e Oliveira é presidente do Instituto Alfa e Beto

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Discipline e corrija individualmente, jamais faça isso em público

Os jovens gostam muito de estar em evidência, serem vistos, e de saber que são populares entre os amigos.

Enquanto que os alunos do Ensino Infantil e Fundamental I desejam ser acolhidos no sentido carinhoso da palavra ao serem ouvidos e considerados em suas necessidades, os jovens do Fundamental II e Ensino Médio vivem para preservar a auto-imagem no grupo.

Do Infantil ao Ensino Médio, apesar das características dos grupos serem bem distintas, há um dado em comum que não pode ser desconsiderado: o componente emocional. Ambos os grupos desejam ser aceitos, respeitados e valorizados.

Levar tudo isso em conta é de suma importância, pois é a base fundamental no relacionamento Professor x Aluno. E um dos fatores que contribui para comprometer o bom relacionamento é o fato de que muitos Professores se revestem de ira ao disciplinar o aluno e o momento da correção que deveria ser um momento de ensino e reparação torna-se um momento de vingança e retaliação.

Este comportamento de repreender em público acaba alimentando e reforçando o comportamento indisciplinado do aluno, que no sentido de defender a sua imagem perante o grupo, vai até as últimas conseqüências para afrontar o Professor.

Precisa disciplinar? Faça-o de maneira discreta e use de sabedoria. Disciplina eficaz é aquela que faz com que o aluno aprenda tendo que reparar os erros cometidos e não ouvindo um sermão público.

www.sosprofessor.com.br

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PROJETO RÁDIO ESCOLA

APRESENTAÇÃO:
O projeto Rádio na Escola  proporciona aos seus educandos mais uma oportunidade de aprender a lidar com o conhecimento e a tecnologia que o mundo moderno exige para a plena formação de um ser humano educado, e capaz de lidar com os desafios que o mundo moderno exige.
A rádio – escola foi pensada e está sendo projetada pela equipe escolar como metodologia moderna de aprendizagem.
Objetivos
Assegurar às crianças e adolescentes o direito de serem protagonistas na leitura e produção crítica de mídias na escola, visando o desenvolvimento de sua consciência cidadã e comunitária, bem como o aprimoramento de suas habilidades e competências comunicativas.
Assegurar a participação social de crianças e adolescentes na gestão escolar. Criar alternativas de motivação para instigar os estudantes o gosto por estar na escola, enfrentar o problema da disciplina escolar e proporcionar formas diferenciadas de aprendizagem;
Justificativa
Considerando o momento social e as dificuldades conseqüentes no espaço escolar (alunos desmotivados, aumento do consumo de drogas e da violência, evasão escolar, etc.), é importante que a Escola busque o envolvimento dos alunos com atividades diferenciadas que os desafie a superar os limites impostos pelo desnível social existente no nosso país. Para isso a escola precisa encontrar formas de superação que eleve a auto-estima e crie mecanismos para facilitar a aprendizagem e ainda proporcionar o surgimento de lideranças positivas e produtoras.
O rádio está presente em nossa cultura há muito tempo e o hábito de ouvir o rádio tem inúmeros significados. Está relacionado ao cuidado afetivo, a construção da identidade, ao desenvolvimento da imaginação, a capacidade de ouvir o outro e a de se expressar.
Além disso, o programa de rádio aproxima a pessoa do universo letrado e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais: a língua .
Por isso, é importante favorecermos a familiaridade dos educandos com o rádio e a ampliação de seu repertório. Isso será possível por meio do contato regular dos mesmos com programas de cunho educativo facilitando sua participação em situações diversas de comunicação. Sabe-se que os professores são os principais agentes na promoção dessa prática – e a escola, o principal espaço
para isso.
Sendo assim a Escola Aurelina Lopes de Oliveira está buscando neste Projeto, construir espaços alternativos na escola e na comunidade que viabilizem ações de superação no cotidiano escolar.






Regulamentação
Em cada escola será instituído um Comitê de Educomunicação composto por representantes de alunos, do grêmio estudantil, pais, professores, coordenadores, diretores e líderes comunitários;
As competências do Comitê estão explícitas em Estatuto próprio que deverá ser lavrado em livro de ata;
O Comitê é formado de (X) membros, compondo:
 Diretoria Técnica;
 Departamento Rádio-Escola;
 Departamento Fanzine;
 Comissão de Acompanhamento
Departamento Rádio-Escola
 O Departamento Rádio – Escola (DRE) é composto por alunos Educomunicadores a quem compete desenvolver atividades midiáticas fazendo uso de equipamentos áudio fônicos.
O DRE é composto por:
I- Comissão de Reportagem;
II- Comissão de Programação.
 A Comissão de Reportagem é composta por (X) alunos, a quem compete:
 I – coletar notícias e informações sobre assuntos pré-determinados pelo Comitê e prepará-las para a programação;
II – redigir e revisar notícias;
III -  organizar e conservar cultural e tecnicamente o arquivo redatorial;
IV-  registrar fotograficamente fatos ou assuntos de interesse.
A Comissão de Programação é composta por (Y) alunos, a quem compete:
I – difundir oralmente acontecimentos, fatos, entrevistas ou quaisquer outras formas de divulgação de notícias e/ou conhecimentos.
II –  garantir o respeito às diferentes opiniões levadas ao ar;
III – desempenhar seu trabalho com ética e responsabilidade social;
IV – primar pela imparcialidade da Rádio – Escola em notícias polêmicas.
Do Departamento Fanzine
O Departamento de Fanzine (DF) é composto por alunos (Y) alunos Educomunicadores a quem compete desenvolver atividades midiáticas fazendo uso do código escrito, através de fanzine escolar.
O DF é composto por:
I- Comissão de Redação;
II- Comissão de Edição.
A Comissão de Redação compete:
I – coletar notícias e informações sobre assuntos pré-determinados pelo Comitê e prepará-las para a redação;
II - dirimir editoriais, crônicas e comentários;
III – organizar roteiros de trabalhos para entrevistas, pesquisas e campanhas solidárias;
Parágrafo único: cabe a Comissão de Edição abrir espaço no Fanzine para exposição de trabalhos artísticos e textos diversos produzidos por alunos.
A Comissão de Edição compete:
I – planejar e executar a distribuição gráfica de textos e imagens de caráter jornalístico para fins de publicação.
II - buscar patrocínios junto aos órgãos públicos e/ou privados para custeio do fanzine.
III - distribuir na escola, na comunidade e demais espaços públicos o Fanzine da Escola

Metodologia
1º passo
Eleger um Comitê de profissionais que trabalharão no projeto;
Redação do Projeto pela Equipe Escolar;
Buscar parceirias que apóiem as ações a serem desenvolvidas
(rádio local, empresas e secretaria Municipal de educação).
Divulgar o Projeto na escola e na comunidade;
Buscar pessoas com experiência nessa área para orientar a
instalação, coordenação, etc.
Fazer um levantamento sobre os materiais necessários para
implantar a rádio escola;
2º passo
Conhecer a realidade do Colégio e das instituições interessadas
em participar do Projeto;
Definir o local de instalação dos equipamentos radiofônicos;
Definir, em conjunto, os objetivos e ações voltados para as necessidades pedagógicas;
Fazer uma camapanha para aquisição dos recursos financeiros e
tecnológicos necessários para iniciar o projeto;
Iniciar o processo de inscrição e seleção dos voluntários e definir qual será seu papel no Projeto;
Fazer uma seleção de alunos para colaborar no Projeto;
Montar um cronograma de trabalho com a definição das ações culturais e educacionais e do número de participantes pode facilitar o início das atividades.
3º passo
Solicitar de pessoas especializadas na área radiofônica uma palestra a ser proferida na comunidade para que a equipe do projeto implemente ações culturais e educacionais com o uso da rádio;
Organizar para todas as turmas uma aula no laboratório de informática, acessando a rádio Escola no site do MEC.
Realizar pequenas gravações para todos compreendam o sistema;
Iniciar a parte prática, estabelecimento de um cronograma em que se definem as ações culturais e educacionais e os papéis de todas as pessoas que articipariam do projeto para que todos possam partilhar dessas informações e estreitar os laços, diretores, coordenadores e as equipes.

Funcionamento
O funcionamento da rádio será apenas no intervalo das aulas, 10 minutos de duração.


Desenvolvimento das atividades
Reunião com a Direção, Equipe Pedagógica e Professores para ouvir opiniões e montar o Projeto de instalação da rádio Escola;
Renião com o Grêmio Estudantil e a Associação de Pais para ouvir opiniões, apresentar opiniões da Direção e dos Professores e apresentar o esboço do Projeto;
Convidar a comunidade a participar;
Deteminar um grupo de voluntários para responsabilizar-se pelo
início às atividades;
Marcar dia e hora para a reunião da equipe responsavel pela
programação;
Solicitar a colaboração dos Professores de Língua Portuguesa para a escrita dos programas que poderão ser escritos durante as aulas e gravados no horário das reuniões da equipe;
Orientar a equipe de programação para solicitar a parceria dos representantes de sala na montagem da programação.
Cada sala deverá organizar um pequeno grupo ficará responsável pelos programas de uma semana. Os alunos escolherão os temas a serem discutidos, levantarão as entrevistas, escolherão as músicas, as vinhetas e o nome do programa;
Os programas serão organizados por escrito, prevendo os tempos e as seqüências, durante as aulas de português;
Cada programa diário terá o tempo de duração de 10 minutos ( 5 minutos para falas e 5 minutos para música);
A gravação dos programas semanais serão determinados pelo comitê e elegerá um professor para a sua coordenação.
Participarão das gravações apenas os alunos e o professor envolvidos com o programa daquela semana;
Os programas irão ao ar sempre durante os intervalos de aula ( recreio) das segundas, terças, quartas e sextas-feiras, em todos os turnos de funcionamento do Colégio.
Os programas ficarão disponíveis na página da escola para serem acessados por outras escolas e demais pessoas interessadas.
Recursos necessários:
microfone
retransmissor de programação
Um professor coordenador
2 caixas de som de alta potência
01 computador e uma impressora
Internet

Implementação
Acompanhamento:
   A fiscalização das ações é de responsabilidade da Comissão de Acompanhamento, assegurada no Estatuto do Comitê de Educomunicação, a qual é composta por:
Pais;
Líderes comunitários;
Coordenação Escolar;
Resultados Esperados
Desenvolvimento da expressão oral;
Desenvolvimento do senso crítico dos alunos;
Maior integração dos alunos com a comunidade;
Percepção da função social da escrita;
Percepção de sua cidadania e seu direito de manifestar suas opiniões;
Consciência da responsabilidade de publicar notícia com uma conduta ética;
Perspectivas
Ampliar a metodologia da educomunicação em todas as escolas;
Toda escola ser um foco de produção de mídias, tendo como produto seu fanzine escolar;
Garantir a auto-sustentação do Projeto por parte da escola, articulando comércio, entidades e outros patrocinadores;
Firmar parceria com rádios comunitárias locais para veiculação das produções dos alunos das rádios-escola;
Certificar 17 educomunicadores efetivos em Pós-Graduação através do Programa Mídias na Educação do MEC;
Tornar Projeto Educomunicação uma política pública municipal, no âmbito da Secretaria Municipal de Educação.

Projeto Horta


A obesidade
Como outros paises em desenvolvimento, o Brasil vem substituindo rapidamente o problema de escassez pelo excesso. A desnutrição, ainda relevante, vem diminuindo, isto é, estamos trocando um mal pelo outro. E
Os padrões nutricionais sofrem alterações e isso acontece devido aos fatores econômicas, sociais e demográficos que muito contribuem para o aumento da obesidade.
A obesidade é identificada quando há um desequilíbrio energético, ou seja, a energia ingerida (a quantidade de calorias que você come) é maior do que a energia despendida (número de calorias usadas pelo seu metabolismo, durante atividade física e na formação de calor) por um longo período de tempo. Representando assim,  um dado agravador no quadro da maior causa de morte divulgada pelo Ministério de Saúde as doenças do aparelho circulatório. Vale ressaltar que, apesar do desenvolvimento socioeconômico e nível de escolaridade e de renda influenciarem esse problema principalmente nas mulheres, no Brasil de hoje, a má alimentação não é problema exclusivo de pobres nem de ricos, gentes de todas as classes sociais se alimentam mal. Os problemas decorrentes de uma alimentação inadequada, como desnutrição, anemia, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, afetam tanto crianças, quanto jovens e adultos. Por isso, a educação alimentar desde a mais tenra idade é fundamental (HÜLSE, 2006).
No período puberal a obesidade surge como uma complicação maior e essa doença, uma epidemia em desenvolvimento deve receber atenção especial dos profissionais da área de saúde e de educação, visto que ela certamente será a precursora de outros agravos na idade adulta.
A escola parece ser o local ideal para se desenvolver ações preventivas de combate à obesidade. Nessa perspectiva, uma das funções da escola, com relação á prática de atividades físicas, seria disponibilizar aos seus alunos meninos e meninas informações e meios necessários para que essa prática possa ser incorporada. Outra função é aproximar os alunos da alimentação ideal mostrando para os mesmos a importância do consumo de frutas e verduras e do benefício das cores dos alimentos.
Cabe a nós educadores educarmos primeiro nossos hábitos alimentícios e em seguida resgatar juntamente com os educandos o cultivo da terra, a reflexão sobre a importância do consumo de alimentos saudáveis, pois, escolhas alimentares são experiências aprendidas. A familiaridade com o alimento é fator preponderante para sua aceitação e a partir daí aprende-se a gostar do que está disponível (FERREIRA apud HÜLSE, 1998).
Em fim, a escola é indiscutivelmente o melhor agente para promover a educação alimentar, uma vez que é na infância e na adolescência que se fixam atitudes e práticas alimentares difíceis de modificar na idade adulta.
Edney Souza de Oliveira

Brincando e aprendendo

BARRA MANTEIGA
São traçadas no chão, duas linhas paralelas, distantes entre si aproximadamente 15 metros, podem ser as margens de uma quadra, por exemplo. Atrás das linhas, duas equipes de crianças ficam em fileiras, uma de frente para a outra.
Em seguida, é decidido o grupo que dará início ao jogo. Este grupo, por sua vez, escolhe um dos seus componentes, o qual deve deixar a sua fileira adversária, cujos integrantes devem estar com uma das mãos estendidas (palmas para cima) e com os pés preparados para uma possível corrida rápida. Ao chegar, a criança bate com uma das mãos levemente nas palmas de seus adversários, dizendo: _barra manteiga (batendo na mão de cada um). De repente, bate fortemente na mão de um deles e corre em direção á sua fileira, tentando fugir do adversário desafiado que procura alcançá-lo.
Cruzando sua própria linha sem ser tocado, o desafiante está a salvo. Se alcançado, ele deve passar para o outro grupo da criança que o alcançou. Agora, o desafiado anteriormente, é o desafiante diante do grupo contrário. Vencerá o jogo, o grupo que em determinado tempo limitado pelos participantes, obtiver o maior número de prisioneiros.
OBS.: Em algumas regiões, o desafiante, enquanto passa as mãos nas palmas dos demais, declama: "Barra manteiga, na fuça da nega" (repete quantas vezes quiser) e de repente diz: "Minha mãe mandou bater nessa DA-QUI:" Nesse momento é que sairá correndo.

Dinâmica: do 1, 2, 3
Objetivo: Quebra-gelo
Procedimento:
    1º momento: Formam-se duplas e então solicite para que os dois comecem a contar de um a três, ora um começa, ora o outro. Fica Fácil.
    2º momento: Solicite que ao invés de falar o número 1, batam palma, os outros números devem ser pronunciados normalmente.
    3º momento: Solicite que ao invés de falar o número 2, que batam com as duas mãos na barriga, o número 3 deve ser pronunciado normalmente. Começa a complicar.
    4º momento: Solicite que ao invés de falar o número 3, que dêm uma "reboladinha".
A situação fica bem divertida. Grato. Ricardo José Rodrigues

Professores fiquem a vontade para  sugerirem outros jogos. Conto com vocês!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

WEB 2.0 NA ESCOLA E SEU IMPACTO NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO


WEB 2.0 NA ESCOLA E SEU IMPACTO NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
No Brasil desde décadas de 60 e 70 vem tendo um grande avanço na aplicação da tecnologia à educação, porém o avanço maior ocorreu na década de 90 à adoção da televisão, vídeo e computadores na escola pública. Apesar de ainda não ser a realidade de todas as instituições escolares, estas ferramentas muito tem ajudado o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos principalmente a partir de 2004, com o surgimento da Web 2.0.

A Web 2.0 contribui com a nova fase de convergência e integração das mídias, pois tem um grande potencial facilitando o desenvolvimento das ferramentas sendo subsídios para uma nova maneira de pensar e aprender globalizada e integrada.

Vale frisar que a Web é considerada o ambiente multimídia e de serviços mais dinâmicos no uso da internet, possibilitando que novas perspectivas se tornem presentes no processo de ensino e aprendizagem com substancial valor agregado. A utilização pedagógica desta ferramenta pode motivar o discente a participar de atividades tecendo um elo entre toda a cadeia produtiva do conhecimento.

A nova Web deixa de ser um simples espaço onde se disponibiliza conteúdos para se transformar em um local interativo, onde as pessoas podem expor seus pensamentos, trocar experiências tornando mais ágeis e acessíveis o conhecimento e a informação. Desta forma, a autoria está focada na criação e recriação de conteúdos e não apenas na navegação, o processamento e o armazenamento das informações on-line migram dos computadores pessoais para servidores remotos acessados via internet e as informações são compartilhadas na rede e abertas para acesso público.

O processo pelo qual a Web passou permite que os alunos pesquisem, compartilhem informações, publiquem documentações, fotos e outras imagens, desenvolvam trabalhos em autoria colaborativa de enciclopédias junto com voluntários de todas as partes do mundo, tenha contato profissional e trate de assuntos da carreira. Somente é possível toda esta interatividade devido as interfaces disponíveis na Web 2.0, sedo que as mais utilizadas são: Orkut, Face book, Blog, Wiki, You Tube, Wikipedia e Linkedin.

É preciso salientar que a Web 2.0 não deve ser usada pelos usuários de forma tradicional, passiva, apenas navegando através dos conteúdos, mas a concepção da nova Web é que deve ser utilizada de forma criativa, criando e disponibilizando conteúdos e este é um desafio para as escolas.

Não pudemos negar que a tecnologia educacional é uma realidade nas escolas, porém faz-se necessário criar novas atitudes docentes, como a adoção de metodologias que permitam a participação ativa do aluno no processo educativo. A Web 2.0 enriquece a prática pedagógica, mas não falam por si só. O professor é responsável por essa incorporação. A ele cabe reconsiderar o trabalho docente, dominando as tecnologias e assumindo as decisões quanto ao processo de ensino aprendizagem que possibilitem a colaboração e interação.

Quando a escola perceber que a Web 2.0 é mais do que uma simples fonte de informação, vislumbrando a mesma como uma plataforma de aplicações e de colaboração descentralizada, que ajuda formar cidadãos para sua era, a era da informação, possibilita a mão dupla da comunicação, que potencializa as situações de ensino/aprendizagem, e que deixou de ser apenas disponibilizadora de informações, e que uma das suas tarefas é conscientizar o discente sobre o bom uso das redes sociais terá mais chances de alcançar seus objetivos.

As possibilidades de interação, colaboração, coautoria e formação de redes sociais geram novas possibilidades a serem exploradas. As interações sociais mais conhecidas, que ocorrem na Internet, são os Weblogs, Fotologs e as comunidades virtuais de relacionamento. As redes nunca estão paradas no tempo e no espaço elas estão sempre em transformação e todas essas ferramentas já foram socializadas, tanto que hoje já podemos falar em “software social”, também são considerados sistemas abertos, em contínua reconstrução individual e coletiva, por meio de relações entre pessoas e grupos, e se constituem pelo sentimento de identidades e de pertencimento.

Em fim, o educador precisa promover a compreensão do conceito da Web 2.0 e sua importância, proporcionando uma aprendizagem significativa em educação digital por meio de vivências de práticas pedagógicas colaborativas no contexto Web 2.0, deixando de ser o detentor do saber e transmissor de conteúdos, passando a ser o facilitador, aquele que estimula nos alunos a cultura de divulgar e debater idéias e que não apenas ensina, mas também aprende.
Edney S. de Oliveira

ATIVIDADES NA PERSPECTIVA DOS DIFERENTES GÊNEROS TEXTUAIS

 Leitura e Escrita de Trava-língua, Parlenda,
Quadrinha, Poema, Canção de Roda
Trava-línguas, parlendas, quadrinhas, poemas e canções de roda são textos da cultura oral apropriados para se trabalhar a aquisição da base alfabética e ortográfica; por serem de fácil memorização, geram atividades que favorecem a percepção de que é preciso corresponder ao falado ao escrito, além de brincar com o som, a forma gráfica e o significado das palavras.

Habilidades
. Demonstrar conhecimentos básicos sobre as regras ortográficas na escrita de textos. Analisar textos escritos observando as regularidades gráficas ou gramaticais no emprego das palavras (nomes e qualidades).

Objetivos
. Ler e reler textos que os alunos conhecem de memória, fazendo correspondência entre a oralidade e a escrita.
Ampliar o vocabulário dos alunos e promover a aquisição das bases alfabéticas Reconhecer o uso funcional do texto.
. Estabelecer correspondência entre partes do oral e partes do escrito,  ajustando o que sabem de cor à escrita convencional.
. Acionar estratégias de leitura que permitam descobrir o que está escrito e onde.
Procedimentos didáticos
1) Anunciar que vai ler um trava-língua ou uma parlenda ou uma quadrinha ou um poema ou uma cantiga de roda. O/a professor/a deverá criar expectativas nos alunos com relação ao texto que irá ser trabalhado, fazendo as seguintes perguntas:
2) Em seguida, perguntar aos alunos  se eles sabem o que é um trava-língua ou uma parlenda ou uma quadrinha ou um poema ou uma cantiga de roda. Explicar as características do texto escolhido.
- Qual o tipo de texto que vamos ler? Para que serve? Onde pode ser encontrado? Registrar na lousa as respostas e fazer a comparação no final do trabalho.

Objetivo: Ativar os conhecimentos prévios dos alunos;
Deixar que os educandos manifestem suas idéias e criem suas hipóteses.

As quadrinhas são estrofes de quatro versos, também chamadas de quartetos. As rimas são simples, assim como as palavras que fazem parte do seu texto.
Os poemas servem para divertir, emocionar, fazer pensar. Geralmente têm rimas e apresentam diferentes diagramações. São textos com autoria, isto é, geralmente sabemos quem os fez.
As cantigas de roda são textos que servem para brincar e divertir. Com bastante freqüência se encontram associadas a movimentos corporais em brincadeiras infantis.
As adivinhas servem para divertir e provocar curiosidade. São textos curtos, geralmente
encontrados na forma de perguntas: O que é, o que é? Quem sou eu? Qual é? Como? Qual a diferença?
Os trava-línguas brincam com o som, a forma gráfica e o significado das palavras. A
sonoridade, a cadência e o ritmo dessas composições encantam adultos e crianças. O grande desafio é recitá-los sem tropeços na pronúncia das palavras.
As parlendas são conjuntos de palavras com arrumação rítmica em forma de verso, que podem rimar ou não. Geralmente envolvem alguma brincadeira, jogo, ou movimento corporal.
 Apresentar para aos alunos numa cartolina o texto ou escrevê-lo na lousa. Exemplo:
 Ler o texto em voz alta, pausadamente e com entonação adequada.
 Reler o texto apontando palavra por palavra. Em seguida, fazer a leitura coletiva pontando para cada palavra.
 Explicar a estrutura e a organização do texto: a direção da escrita, da esquerda para direita e de cima para baixo. O espaço entre as palavras, o uso de letras maiúsculas e minúsculas, e dos sinais de pontuação.
 Distribuir texto o texto para os alunos e pedir para eles circularem as palavras citadas pelo professor;
Sublinhar os sinais de pontuação existente no texto.

Mais sugestões de atividades
. Jogos: bingo, cruzadinha, caça-palavra, forca, preguicinha com as palavras do texto trabalhado.
. Remontar o texto através de tirinhas.
. Caixa de palavra-texto (trava-língua, parlenda, quadrinha) para realização de leituras diárias, com interpretação.
. Reescrita com apoio da memória.
. Transcrição do texto (cópia significativa).
. Pesquisas na família e na comunidade que os alunos  moram.


Atividade 4: Leitura e Escrita de Conto, Lenda e Fábula
Os contos, lendas e fábulas são antigas expressões da cultura que se eternizaram graças à tradição oral, passada de uma geração para outra. São narrativas que despertam o gosto pela leitura, estimulam a imaginação e povoam a mente de idéias, pessoas, lugares, acontecimentos, desejos, sonhos…

Habilidades
. Demonstrar conhecimentos básicos sobre as regras ortográficas na escrita de textos. Analisar textos escritos observando as regularidades gráficas ou gramaticais no emprego das palavras (nomes e qualidades). Utilizar diferentes estratégias de leitura: antecipação, interferência, seleção e verificação.

Objetivos
. Proporcionar aos alunos, condições de conhecerem e valorizarem os clássicos da literatura infantil e seus criadores. Conhecer a estrutura dos textos narrativos, fazendo correspondência entre a oralidade e a escrita. Ampliar o vocabulário dos alunos e favorecer a aquisição das bases alfabéticas;
Estabelecer vínculo prazeroso com a leitura e escrita, assim como desenvolver a linguagem oral.

Procedimentos didáticos
Escolher um texto adequado aos interesses da turma e escrevê-lo num papel metro ou na lousa.
Anunciar que vai ler um conto ou uma lenda ou uma fábula. O/a professor/a deverá criar
expectativas nos alunos  com relação ao texto que irá ser trabalhado, fazendo as seguintes perguntas: perguntar se  eles  sabem o que é um conto ou uma lenda ou uma fábula. Explicar as características do texto escolhido.
- Qual o tipo de texto que vamos ler? Para que serve? Onde pode ser encontrado? Registrar na lousa as suas respostas e fazer a comparação no final do trabalho.

Objetivo: ativar os conhecimentos prévios dos alunos;
Deixar que os educandos manifestem suas idéias e criem suas hipóteses.
Os contos de fadas emocionam, divertem, criam suspense, mexem com os sentimentos mais primitivos do indivíduo. Neles, o bem e o mal aparecem claramente esboçados, possibilitando perceber que a luta contra os problemas faz parte da existência humana. Por ter suas origens na tradição oral, muitos contos foram recebendo novos elementos, fazendo surgir muitas variações sobre o mesmo enredo (diferentes versões). São textos que mantêm uma estrutura fixa: partem de um problema (como estado de penúria, carência afetiva, conflito entre mãe e filho), que desequilibra a tranqüilidade inicial. O desenvolvimento é uma busca de soluções, no plano da fantasia, com introdução de elementos mágicos (fadas, bruxas, duendes, gigantes etc.). A restauração da ordem acontece no final da narrativa, quando se volta a uma situação de tranqüilidade.
As fábulas são pequenas narrativas que transmitem em linguagem simples mensagens morais relacionadas ao comportamento no cotidiano. Em geral, a moral é acrescida por um pensamento final. Algumas fábulas possuem personagens humanas, mas a maior parte delas mostra situações do dia-a-dia vividas por seres personificados – animais com características humanas. O comportamento dos animais representa os defeitos, as qualidades e os vícios dos seres humanos.
É muito comum a presença de provérbios populares.
As lendas, assim como os mitos, são histórias sem autoria conhecida. Foram criadas por povos de diferentes lugares e épocas para explicar fatos para os quais as pessoas não tinham explicações, como o surgimento da terra e dos seres humanos, do dia e da noite e outros fenômenos da natureza. Também falam sobre heróis, heroínas, deuses, deusas, monstros e outros seres fantásticos.
Características do texto narrativo: narrador-personagem (1ª pessoa) e/ou narrador-observador (3ª pessoa), personagens, clímax, enredo, marcadores de tempo (era uma vez, certo dia, naquela manhã... fato reais ou imaginários)

Apresentar para os alunos numa cartolina ou escrever na lousa o título do texto
escolhido. (Exemplo).
TÍTULO DA FÁBULA: A FORMIGA E A POMBA
 Perguntar: O que está escrito na cartolina ou na lousa? Se eles/as não conseguirem, fazer a leitura
do título do texto. Em seguida, perguntar?
Ler a história em voz alta, pausadamente e com entonação adequada.
Interromper a leitura no inicio do segundo e do quarto parágrafo e perguntar:
Reler o texto apontando palavra por palavra. Em seguida, fazer a leitura coletiva apontando para cada palavra.

título da fábula: a formiga e a pomba
autor: esopo

Uma formiga foi à margem do rio para beber água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. Uma pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto dela. A formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a margem. Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo. A formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e, isso deu chance para que a pomba voasse para longe a salvo.
moral da história: quem é grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.
- qual será o assunto que vamos encontrar ou que podemos esperar de um texto com esse título?
- quem serão os personagens? onde acontecerá a história? qual o nome do autor?    objetivo: antecipar os fatos relativos à leitura com base no titulo; deixar que eles/as manifestem;

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/espaco-virtual/tecendo-trama/TEXTO%204.3%20ATIVIDADES%20NA%20PERSPECTIVA%20DO%20GENEROS%20TEXTUAIS.pdf

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Como avaliar seu aluno?

Avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa

By Roseli Brito



O ano letivo começou, e então você já deve estar pensando, “ começa tudo de novo, e terei os mesmos problemas que tive no ano anterior”. Bem, se essa é a sua atual visão das coisas, quero lembrar que a definição de loucura é “fazer tudo do mesmo jeito e esperar que o resultado saia diferente”. Assim sendo, se você fizer exatamente o que fez no ano passado, certamente colherá os mesmos resultados ao longo deste novo ano.
Ocorreram problemas de indisciplina ? Baixo aprendizado ? Se a resposta foi SIM para uma das perguntas ou para ambas então você precisa repensar a sua prática atual ! E a melhor maneira de fazer isso é perguntar-se: “ como os meus alunos estão chegando ? quem são eles? O que eles já sabem? O que precisam aprender ? como eles poderão aprender melhor ? “.
Lembre-se que  o Planejamento não é sobre você ou suas necessidades. Quem dita o quê e o como,   são os alunos. São as necessidades DELES que precisam ser atendidas. Para isso é preciso investigar e encontrar as respostas para as perguntas que foram feitas anteriormente.
A ferramenta que você usará para responder à essas perguntas é realizando a Avaliação Diagnóstica. Não importa a matéria que você leciona, ou o grau de ensino. Quer seja no Infantil, Fundamental, Médio, Técnico ou EJA, a Avaliação Diagnóstica presta-se ao mesmo objetivo: diagnosticar, verificar e  levantar os pontos fracos e fortes do aluno em determinada área de conhecimento.
É importante frisar que, infelizmente, muitos Professores utilizam apenas prova escrita para a realização desta avaliação. Quando na verdade existem mil e uma maneiras de realizar este levantamento de forma que os resultados sejam mais verdadeiros que aqueles levantados em uma mera prova escrita.
Esta avaliação não se restringe apenas ao início do ano letivo, porém deve ser usada ao longo do processo de aprendizado, para isso lance mão de  dinâmicas, jogos, debates, desafios, apresentações, vídeos, produções musicais, construção de maquetes, resolução de problemas, brincadeiras, criação de blogs, fórum,  etc.
Quando utilizada no início do ano letivo a avaliação diagnóstica fornece dados para que o planejamento seja ajustado e contemple intervenções para retomada de conteúdos, ou realização de encaminhamentos para reforço escolar, e até mesmo para Especialistas (Psicólogo, Fonoaudiólogo, Psicopedagogo), e quando feita ao longo do ano possibilita que tanto o aluno quanto o Professor possam refletir sobre a utilização de novas estratégias de aprendizado.
Jamais os dados da avaliação devem ser usados para classificar ou rotular o aluno em “aluno bom”  ou “ aluno ruim”. O Professor deve ter em mente que a avaliação oferece um momento de aprendizado para ambos, professor e aluno. Enquanto Professor é possível verificar quais estratégias estão ou não funcionando, além de ser possível constatar quais hipóteses os alunos estão levantando na internalização e construção de determinado conceito.
Já para o aluno, com o devido feedback do professor, torna possível  a compreensão e mensuração do conhecimento adquirido e quais hipóteses são verdadeiras ou falsas, para que o aluno possa descartar as falsas hipóteses e fique focado naquelas que o levarão ao aprendizado do conceito estudado. O feedback do professor lança a luz, clareando  os chamados “ pontos cegos”  em que o aluno se encontra tornando possível, assim, o avanço para a etapa seguinte do processo.
Nesta etapa a avaliação inicialmente diagnóstica, evolui para uma avaliação formativa, onde  o processo de descoberta  que  induz a  novas elaborações de aprendizado, sempre mediadas pelo professor,  é o que de fato importa e conta.
A Avaliação Formativa é o  tipo de avaliação que deveria prevalecer dentro das Escolas, por ser mais justo e atender de fato às necessidades dos alunos. Infelizmente, o que vemos é o uso da avaliação somativa, cujo único objetivo é meramente alcançar determinada nota para “passar” de ano, os alunos são rotulados pelas notas que alcançam e não são auxiliados onde de fato precisam de ajuda.
Por isso, antes de chegar “ ditando” o que você irá ensinar, comece em “ perguntando” o que os alunos já sabem para levantar o que eles de fato “precisam” aprender.
Quer compartilhar ? Quer dar mais  idéias sobre avaliação diagnóstica ? Então aguardo seus comentários  no blog.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:
HOPFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à Universidade. P. Alegre. Educação e Realidade. 1993.
LUCHESI, C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? A construção do projeto de ensino e avaliação, nº 8, São Paulo FDE. 1990
WERNECK, H. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. Vozes.Petrópolis. 1994.