segunda-feira, 15 de abril de 2013

Orientação para a construção de seqüência didática



As imagens (desenhos, pinturas, esculturas, gravura, objeto, instalação, fotografia, outros) cumprem um papel importante no livro didático, fornecem informações e pistas sobre o tema abordado, favorecendo uma leitura compreensiva do texto. Contribuem, ainda, para despertar a curiosidade e o interesse dos estudantes para o assunto dos capítulos, predispondo-os para a leitura.
Nesse caso, a ilustração artística antecipa informações do texto de forma mais lúdica, mais livre.
Da perspectiva do ensino de História, trabalhar com imagem é uma forma de ampliar o repertório dos estudantes na área e de contribuir para a aprendizagem de leitura de imagens. Ao lermos um texto, muitas vezes, não damos importância às imagens que ele apresenta. Ao contrário do que pensamos, essas não são meramente ilustrativas, pois trazem informações importantes acerca do assunto abordado.Em provas de vestibular é comum que as figuras apareçam como forma de trazer dados que nem sempre estão no texto, justamente para dificultar o trabalho do estudante, podendo ser vistas como um “pega”, logicamente a quem não se importar em avaliá-las.Na verdade, as leituras de imagens fazem parte de nossas vidas. Quando olhamos um quadro tentamos imaginar o que o pintor retratou ali, nos reportamos à época do mesmo, avaliamos suas características gerais e individuais, sejam elas de objetos, paisagens, pessoas, animais, alimentos, etc. Dessa forma, identificamos os elementos ali presentes, se estão vivos ou mortos, se estão estáticos ou se movem e conseguimos até mesmo imaginar o que as pessoas conversavam.
Exercite a  percepção dos seus alunos trabalhando com uma seqüência didática (Plano de Aula) que privilegie a análise de imagem na abordagem de uma das temáticas que você se propôs a ensinar para uma de  suas turmas.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

CINDERELA



CINDERELA
Era uma vez um homem muito rico, cuja mulher havia falecido, deixando-lhe como companhia apenas uma filha. A garota era tão linda quanto uma manhã ensolarada.
Mas, um dia, o tal homem resolveu se casar novamente e sua nova esposa levou para o seu lar duas filhas de coração amargos e impiedosos.
E, a partir deste dia, a pobre órfã começou a levar uma vida repleta de sofrimento.
— Essa menina vai ficar na sala conosco? – disseram as duas. — Quem quiser comer, tem que merecer. O lugar dela é na cozinha.
As duas malvadas trocaram o belo vestido da órfã por uma roupa velha e rasgada e a levaram para a cozinha.
Ali, a pobre menina teve que trabalhar duro. À noite, quando já não aguentava de tanto cansaço, era impedida de deitar na própria cama: tinha que dormir na cozinha mesmo.
E, como a coitadinha vivia sempre no meio das cinzas do fogão, as duas malvadas irmãs puseram-lhe o apelido de Cinderela.
Certo dia, o rei mandou preparar uma grande festa, para a qual seriam convidadas todas as donzelas do país, para que o seu filho escolhesse uma noiva.  As meio-irmãs de Cinderela também foram convidadas, e começaram imediatamente os preparativos para a grande festa. Tudo isso acarretava mais trabalho para Cinderela, pois era ela quem tinham que passar e engomar as roupas das irmãs.
Cinderela aprontou os vestidos e até se ofereceu para penteá-las. Enquanto experimentavam penteados, elas perguntaram:
— Você gostaria de ir ao baile?
— Sabem que não posso ir — respondeu Cinderela, com tristeza.
— Tem razão  — disse a irmã mais velha, maliciosamente. — Todos ririam de você!
Enfim chegou o grande dia. As irmãs se foram e a pobre Cinderela ficou chorando desconsolada.
Mas sua fada-madrinha apareceu e, vendo-a desolada, perguntou o que estava acontecendo.
— Eu gostaria tanto de ir ao baile... — disse Cinderela, entre soluços.
— Como você é uma boa menina — disse a fada — , vou ajudá-la a ir ao baile. Primeiro , corra ao jardim e traga uma abóbora.
Cinderela levou para a fada a maior abóbora que encontrou. Então, com um toque de sua varinha mágica, a fada transformou a abóbora numa linda carruagem.
Depois pediu a Cinderela que abrisse a porta do celeiro. Saíram de lá quatro ratinhos, que foram transformados em lindo cavalos.
— Agora preciso de um cocheiro – disse a fada. — Há alguma coisa na ratoeira?
Havia uma ratazana de longos bigodes. Depois de tocá-la com sua varinha, a fada transformou-a num imponente cocheiro.
Por último, a fada disse que Cinderela encontraria seis lagartixas atrás do regador. Assim que a menina as trouxe, elas foram transformadas em seis elegantíssimos criados.
— Bem, você já está pronta para ir ao baile — disse a Cinderela.
— Mas como vou me apresentar com este vestido tão velho?
Com outro toque da varinha mágica, os trapos que vestia transformaram-se num vestido de ouro e prata, com deslumbrantes pedras preciosas. A fada completou sua maravilhosa obra entregando a Cinderela um par de sapatinhos de cristal.
Cinderela entrou na carruagem e, antes de partir; a fada-madrinha avisou:
— Volte para casa antes da meia-noite. Se demorar um minuto a mais, a carrugem se tranformará em abóbora, os cavalos em ratos, os criados em lagartixas, e seu lindo vestido voltará a ser o que era antes.
— Prometo que sairei do baile antes da meia-noite — respondeu Cinderela. E a carruagem partiu, veloz.
Quando Cinderela apareceu, lindíssima, no salão onde os convidados estavam reunidos, todos ficaram impressionados. Ouviram-se sussurros de admiração e todos perguntavam quem era aquela princesa desconhecida.
O príncipe, deslumbrado, convidou a recém-chegada para dançar. E não se separou dela a noite toda, parecia enfeitiçado.
Feliz como nunca, Cinderela perdeu a noção do tempo, esquecendo-se completamente dos avisos da fada. E assim, ao soar a primeira badalada da meia-noite, soltou-se dos braços do príncipe e saiu correndo do palácio. Na pressa, perdeu um dos sapatinhos de cristal na escadaria. O príncipe, que havia saído atrás da jovem, apanhou o sapatinho e guardou-o com todo o cuidado.
Cinderela chegou em casa sem fôlego, sem carruagem, sem criados e com o velho vestido de todos os dias. Do rico traje que usara no baile restava apenas um dos sapatinhos de cristal.
Enquanto isso, o aflito príncipe perguntava aos guardas se não tinham visto uma princesa saindo do palácio. Os guardas responderam que só tinham visto uma moça mal vestida, que parecia mais uma camponesa que uma grande dama.
Quando as irmãs voltaram do baile, contaram a Cinderela sobre a linda princesa que havia atraído a atenção do príncipe. Contaram também que o filho do rei havia apanhado um sapatinho de cristal que a princesa perdeu ao sair correndo e que, durante o resto do baile, não fez outra coisa senão contemplá-lo, encantado. Mortas de inveja, confessaram que o príncipe parecia apaixonado pela desconhecida.
E era verdade, pois dias depois o príncipe mandou anunciar em todo o reino que se casaria com a dona do sapatinho.
Começaram a experimentá-lo em todas as princesas; depois nas duquesas, condessas e marquesas; mas em nenhuma delas servia o lindo sapatinho de cristal,
Até que chegou a vez das meio-irmãs de Cinderela. Fizeram de tudo para enfiar o pé no sapatinho, mas, como era de se esperar, não conseguiram.
Então, Cinderela pediu humildemente:
— Posso experimentar?...
As duas irmãs soltaram uma grande gargalhada, mas o fidalgo que trazia o sapatinho olhou pata Cinderela e, achando-a muito bonita apesar dos farrapos que vestia, disse que tinha ordens para experimentar o sapatinho em todas as donzelas. Calçou o sapato no pé de Cinderela e viu que servia com perfeição.
A suspresa das duas irmãs foi imensa, mas foi ainda maior quando Cinderela tirou o outro sapato do bolso e calçou-o também.
Nesse instante, a fada-madrinha apareceu e, tocando com sua varinha mágica o pobre vestido de Cinderela, tranformou-o no mais belo vestido de todos. Ao vê-la assim enfeitada, as irmãs reconheceram nela a misteriosa princesa do baile, atiraram-se a seus pés e pediram perdão por a tratarem tão mal.
Cinderela ajudou-as a se levantarem e, abraçando-as, disse que as perdoava de coração.
Chegando ao palácio do rei, o príncipe viu Cinderela mais linda do que nunca e deu ordens para acelerarem os preparativos do casamento, que foi celebrado poucos dias depois com grande esplendor.
Cinderela, que era tão bondosa quanto bela, levou as duas irmãs para morar no castelo e casou-as com dois grandes nobres da corte.