quarta-feira, 9 de janeiro de 2013



UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS PROGRAMA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS E EDUCAÇÃO

EDNEY SOUZA DE OLIVEIRA





Os desafios e as perspectivas do uso das tecnologias como recursos pedagógicos na Escola Centro Educacional Cecília Meireles situada na cidade de Valente - BA








Feira de Santana
2012


EDNEY SOUZA DE OLIVEIRA




Os desafios e as perspectivas do uso das tecnologias como recursos pedagógicos na Escola Centro Educacional Cecília Meireles situada na cidade de Valente - BA







Monografia apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Título de Pós-Graduação do Curso de Especialização de Mídias em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Orientador: Robson Aldrin Lima Mattos






Feira de Santana
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­2012

























A
Deus, por ter me dado forças para enfrentar as dificuldades.
Terezinha e Lino, pais maravilhosos, por terem me incentivado a estudar.
Islâne e Franciele filhas queridas, porque sempre estiveram ao meu lado dando-me forças para continuar aprendendo e a Rubem esposo amado por ter compreendido às horas que precisei me ausentar para aprimorar meus conhecimentos.


AGRADECIMENTOS


Ao professor Robson Aldrin Lima Mattos pela paciência na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta monografia.

O Professor Danillo pelo convívio, pelo apoio, pela orientação, compreensão e pela amizade.

A todos os colegas do curso que foram tão importantes no aprimoramento dos meus conhecimentos.

À minha família agradeço o apoio, o afeto, o reconhecimento e a compreensão por tantos momentos de ausência.













RESUMO


Esta pesquisa é qualitativa, pois para Chizzotti (1998) a mesma aborda parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade. O estudo foi profundo, exaustivo e detalhado, para que fosse possível obter o maior número de informações sobre o tema estudado, ou seja, é um Estudo de Caso. Teve como objetivos identificar e analisar os fatores que impossibilitam o uso das tecnologias como ferramentas pedagógicas na sala de aula e investigar as mudanças curriculares que garantam a efetividade das tecnologias na escola em prol do ensino-aprendizagem. Para realização deste trabalho, foi feito pesquisas em livros, revistas e internet, sendo que todas as informações registradas foram examinadas. Além disso, foi feita uma pesquisa de campo na Escola centro Educacional Cecília Meireles onde foram entrevistos gestores, professores e alunos do Ensino Fundamental II. Os resultados obtidos deixaram explícito que apesar dos educadores e alunos saberem que as tecnologias são importantes para o aperfeiçoamento do ensino-aprendizagem, ainda é necessário que os professores sejam capacitados para trabalharem na sala de aula com as tecnologias de forma significativa e ajudarem seus alunos a serem pesquisadores críticos. Também ficou claro que a Proposta Pedagógica da instituição escolar não tem ações que viabilizem um ensino com as TICs elaboradas na coletividade e, além disso, os investimentos feitos no setor educacional pela esfera governamental e das qualidades inerentes ao computador, a disseminação do seu uso na escola está muito aquém da esperada e a quantidade de máquinas insuficiente para um bom trabalho pedagógico.
Palavras - chave: Mídia na Educação, Ações Pedagógicas, Currículo.





SUMÁRIO

INTRODUÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------------
1. AS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES ------------------------
1.1 Um breve histórico da tecnologia no contexto escolar brasileiro-----------------------
1.2 O uso didático da televisão e do vídeo--------------------------------------------------------
1.3 Possibilidades da internet  ------------------------------------------------------------------------
2. TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: UMA RELAÇÃO POSSÍVEL---------------------------
2.1 As tecnologias e os desafios da ação docente-----------------------------------------------
2.2 As tecnologias e o currículo educacional -----------------------------------------------------
2.3 Um novo olhar pedagógico e a democratização do acesso ao conhecimento-----
3. O USO DAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO DA ESCOLA CENTRO EDUCACIONAL CECÍLIA MEIRELES EM VALENTE – BA--------------------------------
3.1- O uso das tecnologias na visão dos docentes da Escola Centro Educacional Cecília Meireles em Valente – BA------------------------------------------------------------------
3.2 O uso das tecnologias na visão da gestão da Escola Centro Educacional Cecília--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3.3 O uso das tecnologias na visão dos discentes da Escola Centro Educacional Cecília Meireles em Valente – BA--------------------------------------------------------------------

CONSIDERAÇÕES  FINAIS---------------------------------------------------------------------------
REFERÊNCIAS-------------------------------------------------------------------------------------------









INTRODUÇÃO


Este trabalho tem como tema: os desafios e as perspectivas do uso das tecnologias como recursos pedagógicos na sala de aula, esta temática foi escolhida porque ainda é notório que utilizar os meios tecnológicos em prol de uma educação de qualidade é ainda desafiador e requer das escolas, preparação metodológica, aperfeiçoamento de posturas necessárias à provocação, acompanhamento do processo educativo e exige, também, a reorganização do currículo e das práticas do trabalho. Além disso, abordamos este tema porque pudemos perceber que apesar do MEC enviar ferramentas tecnológicas para as escolas, falta à capacitação para os professores trabalharem adequadamente com as TICs e o alunado usam estes meios de comunicação para passar o tempo sem aprimorar seus conhecimentos e, além disso, alguns educadores não sabem manusear estas máquinas e por falta de experiências e dedicação os recursos tecnológicos, entre eles os computadores ficam desligados em cima das mesas como se fossem enfeites ou os educandos fazem uso dos mesmos sem nenhum objetivo específico.
Sabe-se que o avanço tecnológico impõe mudanças na organização do ensino e por isso o educador necessita se informar sobre como utilizar as tecnologias na área pedagógica, pois, estas ferramentas interagem na forma de adquirir conhecimentos e de pensar, agir, sentir, relacionar e ser dos cidadãos exigindo uma nova cultura e um novo modelo social.
Vale salientar que usar as tecnologias como punho educacional ainda é um grande problema, requer que o professor tenha novas competências e atitudes, exigi que a escola formem pessoas capazes de lidar com o avanço tecnológico colocando o aprendiz em contato com o mundo informatizado. Para tanto é imprescindível que os docentes incorporem à sua prática diária essas ferramentas, visando ao favorecimento da aprendizagem necessária à atuação ao mundo atual (BELONI, 2001).
Esta nova perspectiva na área educacional passa pelo rompimento de velhos paradigmas e pela aceitação e incorporação de um novo modelo de educação onde o professor precisa mudar algumas posturas que sinalizam crenças conservadoras e tradicionalistas. Para tanto, é preciso entender e achar respostas para as seguintes questões: Que fatores contribuem para o uso inadequado das tecnologias na educação? Quais os desafios que o educador precisa enfrentar para atuar pedagogicamente com as novas tecnologias na escola? Quais as mudanças necessárias deve haver no currículo educacional para inserir as tecnologias como ferramentas efetivas do processo ensino-aprendizagem?
Diante da problemática citada nesta pesquisa, emergiu o objetivo geral analisar os fatores que impossibilitam o uso das tecnologias como ferramentas pedagógicas e os objetivos específicos que foram: investigar os fatores que contribuem para o uso inadequado das tecnologias na sala de aula e estudar as mudanças curriculares que garantam a efetividade das tecnologias na escola em prol do ensino-aprendizagem.
Para conseguir estas metas foi preciso realizar pesquisas aberta na instituição Escolar Centro Educacional Cecília Meireles e optarmos por uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso porque este tipo de pesquisa não parte de um esquema fechado, pois “ dá abertura  para a realidade tentando captá-la como ela é realmente, e não como gostaria que fosse”. O pesquisador do estudo de caso descreve tudo o que circunda o elemento ou unidade, porque todos os detalhes interessam, na medida em que representam uma parte de um todo. Da mesma maneira, a pesquisa qualitativa, não pode ser abraçada de forma cega e sem conhecimento de causa( LÜDKE E ANDRÉ, 1986).
Os instrumentos utilizados foram: entrevistas por meio de questionário, sendo no total cinco perguntas para os professores e gestores e três para os alunos do ensino fundamental I e II, concebida a partir da observação do trabalho realizado com as TICs pelos docentes e discentes. A escolha dos entrevistados foi baseado na disponibilidade e interesse em participar deste trabalho de pesquisa.
Este trabalho foi fundamentado em vários autores, entretanto os mais estudados foram MORAN (1995), LIBÂNEO (2003), ALMEIDA (2005), LEVY ( 1999) dentre outros . E para ser mais fácil de entender os fatores pesquisados, de forma eficaz, o mesmo foi dividido em três capítulos.
O primeiro fala sobre as tecnologias e a educação fazendo um breve relato histórico das TICs e apresenta algumas sugestões de como a instituição escolar utilizar diversas ferramentas tecnológicas em prol de uma aprendizagem eficaz.
O segundo capítulo apresenta as tecnologias e os desafios da ação docente frisando os desafios que o educador precisa vencer para incorporar na suas aulas o uso das tecnologias como recurso didático de forma criativa levando os alunos a buscarem informações, nos meios tecnológicos, nos lugares adequados e saberem o que e como devem utilizar estas informações. Além disso, também mostra alguns fatores que precisam ser modificados no currículo escolar para que os usos das TICs sejam realmente significativos na área educacional.
  No terceiro capítulo apresentamos as considerações parciais da pesquisa feitas com os educadores e discentes da escola Educacional Cecília Meireles e as respostas do questionário feito durante a investigação.



























1.    As tecnologias na educação e suas implicações

É notória que a integração entre educação, tecnologia e sociedade é uma questão que se coloca a todos aqueles que discutem a história da educação, por isso, este capítulo apresenta os avanços das tecnologias no decorrer da história e faz um breve relato de como essas ferramentas contribuem com o processo de ensino aprendizagem.

1.1 Um breve histórico da tecnologia no contexto escolar brasileiro

A tecnologia e a educação caminham a passos largos com o desenvolvimento tecnológico e o aperfeiçoamento da fotografia, do cinema e dos recursos de comunicação. A invenção do telégrafo, do telefone, do rádio e da televisão, revolucionou a história do homem e da educação. Mais tarde, a eletrônica, o fax, os computadores e a criação de redes de comunicação à distância como a internet, trouxeram novos avanços ao desenvolvimento da sociedade ( LEVY, 1993)
No Brasil, a aplicação da tecnologia à educação teve avanço nas décadas de 60 e 70 do século XX, com o advento das máquinas de ensinar – retroprojetor, projetor de slides, microscópios e outra – reforçada pela política tecnicista que sustentava as decisões do meio educacional. Porém, o avanço maior ocorreu na década de 90 do século XX, com a adoção da televisão e do vídeo na escola pública. Assim sendo, do uso restrito do livro didático, passou-se a utilizar as ferramentas tecnológicas, em algumas instituições escolares, integrando a mídia em dois níveis: como recurso de ensino e como objeto de estudo (LIBÂNIO, 1999).
Como recurso de ensino, o professor pode envolver trechos de propagandas, filmes, telenovelas, desenhos animados, telejornais ou qualquer outro programa televisivo como auxílio para discussão de assuntos com temas atuais e polêmicos como sexualidade, violência, drogas, meio ambiente, ética, entre outros ( SAMPAIO, 1999).
Como objeto de estudo, utiliza os assuntos da mídia nas aulas, destacando sua influência, o incentivo à violência, o papel na formação do ser humano, entre outros temas. A partir daquilo que a mídia apresenta, o professor precisa planejar e desenvolver sua aula, integrando o conteúdo à vida do aluno tendo como foco o ensino-aprendizagem ( LEVY, 1993).
É preciso salientar que, considerando a mutação das terminologias ao longo do tempo, bem como a amplitude que elas abarcam nos dias atuais, comumente é usado o termo "mídias", no plural, pois como bem destaca Santaella: [...] "O termo mídias no plural visa pôr em relevo os traços diferenciais de cada mídia, para caracterizar a cultura que nasce nos trânsitos, intercâmbios e misturas entre os diferentes meios de comunicação" (1992, p. 138). Assim, a palavra mídias foi adotada e redimensionada nas sucessivas décadas do século XX, com o intuito de ampliar e tornar flexível o conceito.
Enfocando as transformações ocorridas na mídia, na medida em que as mesmas se adequavam às novas realidades da era da informação, Dizard (1998) opta por adotar a nomenclatura mídia antiga e nova mídia enquanto as formas de interação e de fusão entre elas estão se configurando.
Para o educador utilizar as mídias com o objetivo de aprimorar o Ensino-Aprendizagem dos discentes ele precisa se preocupar, não só com as mudanças tecnológicas e comportamentais, que ocorrem em velocidades cada vez maiores dentro do ensino, como também, com o seu próprio desempenho e do aluno neste processo. É, portanto, um desafio para quem deseja construir aprendizagens e estratégias educacionais, levando-se em conta essa evolução pela qual trafegam mestre e aluno.
O processo de reconstrução da prática não é simples. Para isto, é necessário propiciar ao professor uma vivência de aprendizagem, em que possa refletir de várias maneiras sobre a própria prática, compartilhando suas experiências, leituras e reflexões com outros educadores para que ele não desenvolva na sala de aula a concepção tradicionalista em alguns momentos e em outros utilizem os recursos tecnológicos como um apêndice da aula.
Até mesmo para utilizar como recurso pedagógico o rádio, apesar de relativamente antigo, comparado com os mais novos meios de comunicação, como a televisão, a internet, o celular, dentre outros, os professores ainda sentem dificuldades e a prova disso, é que o mesmo ainda não tem sido devidamente difundido na rede de educação básica ( GONÇALVES, 2007).
No entanto, esta ferramenta representa um instrumento rico em possibilidades pedagógicas e de grande abrangência, atingindo todas as camadas da população. Aprender a utilizar o rádio como elemento integrado ao cotidiano escolar e a outras mídias ainda é um desafio, por isso, Secretaria de Educação a Distância do MEC mantém um programa especial, denominado “Rádio Escola”, incentivando os educadores do país a inserirem a linguagem radiofônica em suas práticas educativas ( MORAN, 1995).
A utilização do rádio na instituição escolar poderá ajudar os discentes a liberar a imaginação e encontrar novas formas de desenvolver trabalhos escolares, valorizar a oralidade e possibilitar o uso e desenvolvimento da criatividade. Além disso, poderão, a partir do rádio, criar projetos de integração de mídias, especialmente pelo uso do computador, tanto no processo de produção quanto no de divulgação de seus programas radiofônicos (BARBOSA,2007)
É notório a necessidade da utilização das tecnologias na escola e esta nova visão da educação requer do professor que ele saiba como usar pedagogicamente as mídias no interior da sala de aula. É preciso conhecer essas ferramentas e saber que uma precisa da outra como, por exemplo, os canais de TV e o vídeo. São de Moran (1995, p.1) os dizeres: [...] “o vídeo está umbilicalmente ligado à televisão”. Seja por razões econômicas e mercadológicas, como ressalta Pretto, seja pela própria natureza desses meios de comunicação. Sendo assim, seu uso sem esta é praticamente impossível.

1.2  O uso didático da televisão e do vídeo

É preciso frisar que o uso didático da televisão e do vídeo em sala de aula teve a sua raiz no cinema. Pouco tempo após a sua invenção, filmes cinematográficos educativos começaram a ser usados nas salas de aulas e são grande variedades de programas que podem ser aproveitados na escola. Entretanto é preciso o professor estar criticamente atento a todo e qualquer conteúdo veiculado pelos meios de comunicação de massa. Formas inadequadas na utilização destas ferramentas podem causar transtornos e descaracterizar seu uso, comprometendo todo o trabalho do decente. Moran (1995, p.21 [...] “aponta algumas formas inadequadas de uso: vídeo tapa-buraco, enrolação, deslumbramento, perfeição, só vídeo”. Proposta correta de utilização: sensibilização, ilustração, simulação, conteúdo de ensino e dinâmicas de análise do vídeo em sala de aula – leitura em conjunto, leitura globalizante, concentrada e funcional.
A nova escola deve, portanto, ultrapassar o costume de utilizar a televisão e vídeo como mera instrumentalidade, em que ficam reduzidas as possibilidades de sua utilização como verdadeiro recurso didático-pedagógico. Para tanto, é preciso ter a televisão como fundamento e fazer re-leituras de alguns programas em cada área do conhecimento, partindo da visão que os alunos têm, e ajudá-los a avançar de forma suave, sem imposições nem maniqueísmos.
Vale salientar que a televisão e o vídeo partem do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexem com o corpo, com a pele, as sensações e os sentimentos - nos tocam e "tocamos" os outros, estão ao nosso alcance por meio dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente (MORAN, 1991). Sendo assim, os educadores precisam ter um olhar crítico sobre os conteúdos vinculados na TV e orientarem os educandos em relação às informações, dessa mídia, centralizada em um objetivo capitalista onde os valores são maquiados prevalecendo uma verdade que interessa a classe dominante.
Um dos papéis fundamental da instituição escolar em relação aos meios de comunicação de massa é formar cidadãos críticos, capazes de diagnosticar as informações fazendo uma análise do que é positivo e negativo. Para os alunos terem essa visão é imprescindível que o professor esteja criticamente atento a todo e qualquer conteúdo veiculado pelos meios de comunicação de massa, porque a Televisão detém um grande potencial de comunicação, que é outro lugar do saber, e para fazer desse saber um conhecimento não alienado é necessário a formação integral dos discentes (SILVA FILHO,2004).
A participação passiva do espectador diante da televisão não favorece a análise crítica das mensagens, porém é preciso o professor alertar os alunos sobre a necessidade do “olhar crítico”. Atualmente houve uma melhora em relação a passividade do telespectador com o surgimento da TV digital porque ela descritiva todo o tipo de informação, transformando-a em simples  e isso, faz com que o espectador possa interferir diretamente na programação, entretanto é uma realidade para poucos prevalecendo A TV analógica ( SANTOS, 2002).

Não podemos negar que, bem usados, o vídeo e a televisão podem trazer uma grande contribuição de aprendizagem aos discentes e docentes, mas não são os únicos recursos que possibilitam a interatividade e envolvem os alunos, tocando a efetividade e a emoção. O computador e suas possibilidades de uso também podem enriquecer o processo de ensino e aprendizagem e principalmente se conectado a internet.

1.3 Possibilidades da internet 
O computador surge como um meio auxiliar alternativo de ensino, um recurso a mais para a diminuição das carências, na visão de alguns educadores, porque trouxe uma série de novidades, de fazer mais rápido, mais fácil. Entretanto o computador com o auxílio da internet até hoje, continua sendo uma ferramenta de apoio para o professor e aluno.
É notório que com a Internet e a evolução tecnológica, podemos aprender de muitas formas, em lugares diferentes, de formas diferentes. A sociedade como um todo é um espaço privilegiado de aprendizagem. Mas ainda é a escola a organizadora e certificadora principal do processo de ensino-aprendizagem, por isso, a mesma continua sendo desafiada em relação ao seu pedagógico no que diz respeito às tecnologias, dentre elas a internet, pois mesmo estando mais fácil ao alcance dos estudantes, o uso desta ferramenta, por muitos alunos, não passa de entretenimento (CASTELLS, 2003).
Fica explícito que educar nos dias de hoje é muito mais complexo porque a sociedade também é mais complexa e exige habilidades diferentes para se trabalhar com a mídia. É inegável a situação de muitas escolas brasileiras que não tem computadores suficientes, instalações inadequadas e professores que trabalham até sessenta horas para conseguir um salário suficiente para as suas necessidades.
Diante dessa situação crítica, investir em formação continuada que possibilitem um maior esclarecimento de como trabalhar pedagogicamente com a internet e investir um pouco de tempo, de seu já escasso tempo, em aprender a lidar com o computador tem influenciado um ensino fragmentado e sem objetividade na utilização da internet na sala de aula.
 Apesar da situação citada anteriormente, não podemos negar que o computador exercer a sua função de permitir que os alunos pesquisem, naveguem, conheçam outros lugares, conversam com pessoas de cidades ou países diferentes, atualizam-se rápido e constantemente, recebem informações a todo instante, acompanham fatos históricos e sociais no momento de seus acontecimentos aprimorem seus conhecimentos.
Para Libâneo (2003,p. 64):

[...] “O computador tem, ainda, em seu favor o fato de ter se tornado sinônimo de modernização, de eficiência e de aumento da produtividade em um mundo cada vez mais competitivo e globalizado, fazendo com que exista uma compreensão de que é imperioso informatizar”.  

São muitas as possibilidades desta ferramenta na escola, podendo constituir-se como excelente recurso didático, quando integrado à rede mundial de comunicação como a internet e com um novo paradigma educacional.
Utilizando a internet os professores podem ajudar o aluno incentivando-o "a saber" perguntar, a enfocar questões importantes, a ter critérios na escolha de sites, de avaliação de páginas, a comparar textos com visões diferentes fazer pesquisas enriquecendo sua aprendizagem, e dessa forma eles podem deixar de dar respostas prontas, ou aulas todas acabadas.
Uma das formas mais interessantes de desenvolver pesquisa em grupo na Internet é o Webquest. Trata-se de uma atividade de aprendizagem que aproveita a imensa riqueza de informações que, dia a dia, cresce na Internet. Resolver uma Webquest é um processo de aprendizagem atraente, porque envolve pesquisa, leitura, interação, colaboração e criação de um novo produto a partir do material e idéias obtidas (LACERDA, 2008).
É preciso ressaltar que a Web 2.0 contribui com a nova fase de convergência e integração das mídias, pois tem um grande potencial facilitando o desenvolvimento das ferramentas sendo subsídios para uma nova maneira de pensar e aprender globalizada e integrada. Entre os fenômenos interativos enquadrados nos princípios da Web 2.0 estão os componentes da blogosfera (blogs, videologs, fotologs e audiologs), as ferramentas open source (slashdot), wikis, podcasting e rádios on-line, metaverses, o YouTube, sites de relacionamento, como Orkut, My Space e Facebook, e as redes sociais ( CROTI,2003).
O blog, quando usado de forma interativa, constrói-se enquanto espaço de motivação em que o educando encontra, ao ver que suas produções e ideias são lidas e valorizadas por outras pessoas além do educador, estimulo para continuar envolvido no processo. Porém depende da criatividade, de professores e alunos,  para que esta ferramenta seja de fato um espaço onde consolide o processo de ensino-aprendizagem (VALENTE, 1993).
Além da internet, podem-se utilizar na escola alguns programas de computador como o Word, para produção e correção de textos, e o Power Point para produção de slides e outros materiais de apoio. Também, os softwares científicos, educativos de pesquisa ou jogos podem ser estendidos à escola, com o objetivo de facilitar a aprendizagem, fixar ou introduzir novos conteúdos e enriquecer metodologias (VIEIRA, 2006)
O docente pode criar jogos didáticos utilizando o programa Jclic baseando-se em pré-formatos como quebra-cabeças, jogos da memória, de completar palavras, de relacionar palavras e figuras, e outros, inserindo seu próprio conteúdo.  Além disso, é possível criar sequência de atividades, com a possibilidade de configuração de ordem, tempo, contagem de erros e geração de relatório.
Vale ressaltar que, apesar de ainda não serem realidade em todas as escolas os recursos modernos, faz-se necessário criar ambientes que incluam nova postura da escola, assim como novas atitudes docentes, como a adoção de metodologias que permitam a participação ativa do aluno no processo educativo, pois é visível o crescimento do uso das TICs e imaginar a educação hoje sem utilizar as tecnologias é praticamente inviável.
O capítulo a seguir apresenta os desafios que os professores precisam vencer a respeito da sua prática pedagógica em relação ao uso das tecnológicas no contexto educacional. Trata-se de um repensar conceitos e visões de mundo, na perspectiva de quebrar velhos paradigmas para que se possa assumir o compromisso social de propiciar, além da acessibilidade, condições plenas de participação dos discentes no mundo das TICs e juntos, educador e discente,  precisam entender a relação entre tecnologia e conhecimento cognitivo para além da simples troca unilateral de informações.












2.    Tecnologia e Educação: uma relação possível

Neste capítulo fala sobre os desafios, a formação e a prática pedagógica do professor na nova visão de educação, apresentando a importância das tecnologias na sala de aula e as necessidades de uma nova postura do educador para saber trabalhar com as TICs. Mostra também que para o rompimento de velhos paradigmas os profissionais da educação precisam reorganizar os seus trabalhos sendo mediadores do uso tecnológicos diante dos seus alunos.

2.4 As tecnologias e os desafios da ação docente


            As tecnologias e os desafios da ação docente é um tema que leva e repensar o sistema educacional como um todo, sobretudo a prática do professor desenvolvida no “chão” da sala de aula, pois, sabe-se que até hoje a educação caracteriza uma prática pedagógica conservadora preocupada com a reprodução do conhecimento, fragmentada e assentada na memorização. Sendo assim, a educação precisa de uma pedagogia que seja capaz de atender às demandas e necessidades dos alunos ajudando na sua formação tornando-os capazes de pensar por si próprio e de produzir conhecimentos (VALENTE 1999).
A velocidade com que se propaga a informação e o acesso a ela não garante a sua conversão em conhecimento e por isso, a instituição escolar tem um grande desafio frente a este novo contexto: orientar o aluno, a saber, utilizar essa informação, de forma a internalizá-la para obter uma nova aprendizagem, sobretudo, como fazer para que ele saiba aplicar este novo saber de forma independente e responsável.
Parafraseando Almeida (2002) um dos grandes desafios da educação atual é compreender as diferentes formas de representação e comunicação propiciadas pelas tecnologias disponíveis na escola, buscando dinâmicas que permitam estabelecer o diálogo entre as formas de linguagem das mídias, e para isso ser possível é preciso educadores capacitados para atuar pedagogicamente com essas ferramentas na escola.
Vale relembrar, que antes a questão-chave era como ter acesso às informações, hoje elas estão por toda parte, sendo transmitidas pelos diversos meios de comunicação. A informação e o conhecimento não se encontram mais fechados no âmbito da escola, mas foram democratizados. Sendo assim, é fundamental ainda repensar na formação do professor e a necessidade da aquisição de novas competências e habilidades para atuar na formação do cidadão capaz de aprender a aprender como adverte Araújo (2005, p. 23-24):

[...] “O valor da tecnologia na educação é derivado inteiramente da sua aplicação. Saber direcionar o uso da Internet na sala de aula deve ser uma atividade de responsabilidade, pois exige que o professor preze, dentre da perspectiva progressista, a construção do conhecimento, de modo a contemplar o desenvolvimento de habilidades cognitivas que instigam o aluno a refletir e compreender, conforme acessam, armazenam, manipulam e analisam as informações que sodam na internet”.

Neste sentido fica explícito que a formação do educador deve ser além do técnico e o docente precisa atender a um novo paradigma educacional onde ele é o mediador das ações do aluno diante das tecnologias para que o discente possa fazer uso das mídias para midiatizar a elaboração dos seus trabalhos, porém adequar as novas tecnologias a educação é uma tarefa que exige muita disciplina e um espírito de pesquisa por parte de todos envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
Vale frisar que, a prática pedagógica do professor, ainda pautada no tradicionalismo, constituída em dar aula, transmitir informações, passar e corrigir exercícios e provas para os alunos já não atende às necessidades da sociedade atual. No entanto, esta forma de conceber o ensino, por meio da qual a maioria dos educadores foi preparada, encontra-se arraigada na prática escolar mesmo com os avanços tecnológicos. Entretanto, a proximidade com estes recursos é importante e eles devem configurar a prática deste profissional, mas é necessário que seu fazer pedagógico seja guiado por intenções de criar situações para que os alunos possam atribuir significados às informações transformando-as em conhecimento.
            Segundo Valente ( 2002, p. 24):

[...] “A aplicação da informação exige sua interpretação e seu processamento, o que implica a atribuição de significados de modo que a informação passe a ter sentido para aquele aprendiz. Assim, aprender significa apropriar-se da informação segundo os conhecimentos que o aprendiz já possui e que estão sendo continuamente construídos. Ensinar deixa de ser o ato de transmitir informação e passa a ser o de criar ambientes de aprendizagem para que o aluno possa interagir com uma variedade de situações e problemas, auxiliando-o em sua interpretação para que consiga construir novos conhecimentos”

Nesta perspectiva, a criação de ambientes de aprendizagem, com a presença das tecnologias, significa utilizá-las para a representação, a articulação entre pensamentos e a realização de ações que podem ser depuradas e reformuladas com vistas a novos patamares de compreensão.  Para isso, as interações entre aluno e o educador são fundamentais para o processo de ensino - aprendizagem, porque este processo faz o aluno perceber que pode ser ouvido, questionado e também orientado para que o foco de suas vivências e análises possa potencializar a construção de conhecimento.
Essa perspectiva pedagógica requer do professor uma nova postura, o comprometimento e a vontade pela busca e pelo aprendizado contínuo no sentido da reconstrução da própria prática pedagógica, voltada para articulação das áreas de conhecimento e da tecnologia. Tal prática pedagógica é uma forma de conceber educação que envolve o aluno, o professor, as tecnologias disponíveis, a escola e seu entorno e todas as interações que se estabelecem nesse ambiente de  aprendizagem ( LEITE,1999).                                                                                        
 Mas é preciso compreender que a mudança não é apenas de método, é de concepções e paradigma, o que demanda um tempo muito maior para se concretizar, pois para inserir na educação esta nova visão de ensino é preciso educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar ( PIMENTEL, 1993).
Para Kenski, ( 1996, s/p):

[...] “a aprendizagem pode se dar com o envolvimento integral do indivíduo, isto é, do emocional, do racional, do seu imaginário, do intuitivo, do sensorial em interação, a partir de desafios, da exploração de possibilidades, do assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos.”

Evidencia-se assim, que a utilização da tecnologia como recurso didático exige que o professor seja criativo, tenha consciência das funções e dos componentes do processo ensino e aprendizagem, conheça as característica e peculiaridades de cada recurso. Impõe, também, a superação dos modelos tradicionais de ensino, incorporando inovação e novas formas de pensar. Entretanto para que o educador tenha essa nova postura é fundamental propiciar ao mesmo uma formação continuada em serviço, de forma que ele possa identificar e analisar problemáticas envolvidas em sua atuação, bem como encontrar alternativas para superá-las tendo como base os novos paradigmas e metodologias que lhe permitam transformar o seu fazer profissional.
 Dessa forma, o papel do professor no atual estágio da sociedade tecnológica, baseada nas tecnologias da informação e comunicação é desafiador porque é necessário compreender as potencialidades inerentes a cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender , pois assim poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, a qual se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo natural e cultural, de homem, de ciência e de educação ( RAMPAZZO, 2003).
A integração escola e tecnologia dentro deste contexto não é tarefa fácil, mas é possível a partir do momento que o educador reorganizar o seu trabalho, de maneira reflexiva, e orientar os discentes a colher informações nos lugares adequados e como utilizá-las. Mas para tanto, é preciso reconhecer e partir das concepções que os alunos têm sobre as tecnologias para elaborar desenvolver e avaliar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição reflexiva que os prepare.
Segundo, Nóvoa ( 1995, p. 25):

[...] “A partilha das experiências no paradigma de formação de professores reflexivos, a reflexão e a investigação sobre a prática somente se constituirão como estratégias eficazes, se somadas à partilha de experiências. Neste sentido, “a formação de redes de autoformação participada, que permitam a compreensão da globalidade do sujeito e na qual a formação assumida como um processo interativo e dinâmico”.


A partir da visão mencionada acima, o autor ressalta a importância da troca de experiência entre os docentes para que eles possam refletir sua prática pedagógica, pois para se sentir atraídos para uma autoformação é imprescindível que além das suas idéias tenha um contato com os saberes de outras pessoas. É através da  partilha dos conhecimentos que o professor pode obter um novo olhar sobre a ação docente possibilitando uma visão mais ampla sobre a utilização da tecnologia favorecendo o uso da mesma como integração e não como distração ou fuga (MORAN, 2007).
A reflexão leva a repensar o currículo, a metodologia, e os objetivos e segundo Segundo Rampazzo (2004,):
 [...] “o professor é um dos responsáveis pela criação de ambientes facilitadores que incluam nova postura da escola, assim novas atitudes docentes, como a adoção de metodologias que permitam a participação ativa do aluno no processo educativo”.

 As novas tecnologias da comunicação e informação enriquecem a prática pedagógica, mas não falam por si sós. O educador é responsável por essa incorporação. A ele cabe reconsiderar o trabalho docente, dominando as tecnologias e assumindo as decisões quanto ao processo de ensino e aprendizagem.
2.5 As tecnologias e o currículo educacional

O desenvolvimento da cultura tecnológica ligado à emergência das tecnologias da Informação e Comunicação ( TIC) tem trazido grandes desafios para as nossas formas de ser e de pensar. Por isso, desenvolver o currículo segundo as perspectivas das tecnologias implica que o professor analise, continuamente, o quê, como, para quê, para quem, a favor de quem se organiza o ensino, pois se sabe que hoje os estudantes pensam de modo diferente, principalmente devido às suas interações com distintos artefatos típicos da tecnologia digital. No entanto, ainda se tem muito a aprender sobre o modo de ser dos discentes da geração digital para que a escola possa trabalhar em sintonia com as demandas do alunado e com as características da sociedade tecnológica (FREIRE, 1996).
Inserindo-se nessa correlação, Silva (2001) afirma que ao considerar a cultura contemporânea, permeada pela convergência das linguagens, mídias e tecnologias, é possível identificar que estas não se constituem apenas como instrumentos de transmissão da cultura, mas também como elementos estruturantes do pensamento, das formas de interlocução, das novas elaborações culturais e do desenvolvimento do currículo.
Entretanto, é preciso exercitar a criticidade sobre o uso da convergência das mídias e tecnologias no currículo a fim de evitar que sejam introduzidas de modo descontextualizado e reforcem a [...]  “divisão social do trabalho e a divisão social do conhecimento” (GOODSON, 2001, p. 211). O olhar crítico atento sobre a convergência das mídias e tecnologias com o currículo favorece o rompimento com a padronização, pois o planejado é reconstruído no andamento da ação, com a criação de redes de significados abertas a múltiplas influências, flexíveis e dinâmicas, porém esta ainda é uma realidade curricular escassa em muitas instituições escolares.
E imprescindível que na sociedade da convergência tecnológica, mobilidade e ubiquidade, aconteça mudanças no pensar pedagógico de forma que o currículo não seja modificado simplesmente para agregar a tecnologia como mero recurso, mas ambos, devem se integrar para que se transformem e resignifiquem os referenciais pelos quais a prática pedagógica será orientada e transformada através da junção das mídias e tecnologias digitais (SILVA, 1995), a escola precisa atuar no sentido de aproximar o foco do currículo desenvolvido na unidade escolar dos instrumentos culturais e das dinâmicas da sociedade.
Diante disso, é notória que a quebra de velhos paradigmas é urgente na educação para que a tecnologia possa ser vista como artefato, cultura, atividade com determinado objetivo inseridos dentro do currículo educacional, pois é através de um novo olhar que as tecnologias de informação e comunicação envolverão a aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da formação do ensino e aprendizagem.


O currículo educacional não deve esquecer-se que o indivíduo se desenvolve e interage com o mundo utilizando suas múltiplas capacidades de expressão por meio de variadas linguagens constituídas de signos orais, textuais, gráficos, imagéticos, sonoros, entre outros. As mídias passam a configurar novas maneiras para os estudantes utilizarem e ampliarem suas possibilidades de expressão, constituindo novas interfaces para captarem e interagirem com o mundo e todas as formas e instrumentos da mídia estão cada vez mais se fundindo em sistemas inter-relacionados (DIZARD, 1998).
Vale ressaltar que o processo da gestão das tecnologias no âmbito educacional, frequentemente, ela passa por três etapas: primeira, as tecnologias são utilizadas para melhorar o que já vinha sendo feito, como o desempenho, a gestão para automatizar processos, diminuir custos. Na prática, o uso pedagógico das tecnologias ocorre de forma esporádica, para ilustrar um trabalho, digitar um texto, copiar uma informação da internet, ou seja, para tornar as aulas mais interessantes e atrativas (MORAN, 2006)
 Na segunda etapa, algumas escolas inserem parcialmente as tecnologias no projeto educacional. Cria uma página na Internet com algumas ferramentas de pesquisa e comunicação, divulga textos e endereços interessantes, desenvolve alguns projetos. Há atividades no laboratório de informática, mas mantém-se intocada a estrutura de aulas, disciplinas e horários. (MORAN,2006)
Na terceira, em algumas instituições escolares se nota o amadurecimento do processo de implantação e o avanço da integração das tecnologias, repensam os seus projetos pedagógicos, o seu plano estratégico. A introdução de algumas mudanças significativas, como a flexibilização parcial do currículo e a inclusão de novas dinâmicas, buscam integrar as tecnologias com os conteúdos curriculares por meio de atividades disciplinares, de resolução de problemas e de projetos que podem partir de um tema disciplinar, uma questão investigativa ou um tema transversal  (MORAN, 2006)
O que leva as escolas e os professores a transitarem da primeira para a terceira etapa do processo de apropriação das tecnologias na educação, ou seja, de integrar as tecnologias e as mídias em uma nova perspectiva de ensinar e aprender são fatores envolvidos em várias instâncias do sistema escolar. No entanto, um dos principais fatores é a falta de domínio técnico-pedagógico para se fazer a gestão das TIC no contexto de ensino e aprendizagem.
É verdade que hoje já se tem um número significativo de professores desenvolvendo projetos e atividades mediados por tecnologias. Mas ainda existem muitas escolas e educadores procurando saber como utilizar pedagogicamente os recursos tecnológicos.
Segundo, Carmem (2001)  é preciso mudar os paradigmas convencionais da estrutura escolar, em que muitas vezes a tecnologia é utilizada de forma superficial (como meio de comunicação) ou para aumentar o poder daqueles que possuem o conhecimento tecnológico. Para haver esta mudança, e o alunado aprender com eficiência utilizando como subsídios as tecnologias  é imprescindível compreender as potencialidades inerentes a cada uma delas e suas contribuições ao ensinar e aprender.
 Desta forma, os usos das TICs na educação poderão trazer efetivamente avanços substanciais à mudança da escola, que se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação (ALMEIDA, 2006).
O uso da tecnologia no processo de aprendizagem do aluno, dependendo da concepção educacional, pode favorecer as diferentes formas de comunicação e representação de idéias. A característica de propiciar a interação e a construção colaborativa de conhecimento tecnológico evidenciou o potencial de incitar o desenvolvimento de habilidades de escrever, ler, interpretar textos e hipertextos.
Para Almeida (2006, p. 41):
[...] “O uso de hipertexto rompe com as seqüências estáticas e lineares de caminho único, com início, meio e fim fixados previamente. O autor disponibiliza um leque de possibilidades informacionais que permite ao leitor dar ao hipertexto um movimento singular, ao interligar as informações segundo seus interesses e necessidades momentâneos, navegando e construindo suas próprias seqüências e rotas”.
O trabalho realizado com hipertexto permite aos alunos a possibilidade de se expressarem, tornarem suas idéias e pesquisas visíveis, confere uma dimensão mais significativa aos trabalhos e pesquisas acadêmicas tornando-os mais autônimos. Além disso, o uso de hipertexto apresenta também uma nova forma de escrita e leitura colaborando com o repensar de alguns aspectos da própria educação trabalhada dentro do seu currículo escolar.
 O currículo escolar deve ter a Leitura e escrita como prioridade, principalmente, nas séries iniciais e as mesmas se mesclam na criação de um texto digital. Ler e escrever significa interagir para escolher entre um leque de ligações preestabelecidas pelo criador do hipertexto ou para estabelecer novas ligações não previstas pelo autor (LÉVY, 1999), criar percursos próprios, deixar marcas, reconfigurar espaços e criar narrativas pessoais. Para iniciar este processo os gestores juntamente com os educadores devem segundo PRATA (2002, p.79) começar com o que tem de imediato, seja em relação a equipamentos, seja através de programas existentes e acessíveis a todos. As experiências vivenciadas servirão de referência pessoal e política para as suas possibilidades pedagógicas.
Segundo Prata (2000, p.27)?

[...] “ acentua a importância da tomada de consciência dos gestores para a sua atuação nas mudanças, uma vez que a realidade pode ser mudada a qualquer momento, quando as pessoas se compreendem como produtoras de sua realidade por meio da práxis, o implica o reconhecimento de suas condições de trabalho e as possibilidades de sua melhoria”.


Com a integração de tecnologias na prática pedagógica se evidenciam a importância de o professor desenvolver processos de gestão da sala de aula no que se refere aos processos de ensino e aprendizagem e respectivas estratégias mobilizadas, modalidades de interação e recursos empregados. É claro que ele já desenvolve esses processos mesmo quando não utiliza as tecnologias, mas nessa situação atua de modo quase intuitivo porque já tem o hábito bem elaborado. Entretanto, a entrada nesse processo de um novo elemento – a tecnologia - traz outro sistema de representação simbólico e provoca a conscientização sobre a necessidade de desenvolver a gestão da prática pedagógica.
Segundo Almeida (2005, s/p):
[...] "A gestão deve partir da descrição da realidade. E para isto é necessário olhar, interpretar e diagnosticar as potencialidades, as fragilidades existentes no cotidiano da escola, os interesses e as demandas."
Vale frisar que, para que seja possível usufruir as contribuições das tecnologias na escola e obter conhecimentos, é importante considerar suas potencialidades para produzir, criar, mostrar, manter, atualizar, processar e ordenar. Tratar de tecnologias na escola engloba processos de gestão de tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que abarcam relações dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização produção e manutenção (ALMEIDA, 2006).
Para Vieira (2002b, p.35):
[...] "Conhecimento não é dado nem informação, embora estejam relacionados. A confusão entre dado, informação e conhecimento gera enormes gastos de tempo e dinheiro em projetos nem sempre adequados para certa instituição. O sucesso ou o fracasso organizacional depende, muitas vezes, em saber de qual deles precisamos, com qual deles contamos e o que podemos fazer com cada um deles”.

A informação pode gerar novos conhecimentos e os professores precisam motivar os alunos para que eles sejam pesquisadores, para tanto é necessário ajudar os discentes a encontrarem uma lógica dentro das informações questionando a compreensão das mesmas a fim de avançar para novas sínteses aprimorando a aprendizagem.
O uso das tecnologias de informação e comunicação na definição curricular da escola deve permitir: registrar e atualizar instantaneamente a sua documentação, criar um sistema de acompanhamento e participação da comunidade interna e externa à escola por meio de redes virtuais de interação e colaboração, definir metodologias de avaliação adequadas e compatíveis com critérios democráticos e participativos, trocar informações e experiências com a comunidade, identificando os talentos e potencialidades que possam contribuir com a evolução conjunta de problemáticas tanto da escola como da comunidade, discutir, tomar decisões compartilhadas e oportunizar os educandos caminhos que promovam mudanças de atitudes em relação ao uso da tecnologia (SANTAELLA, 1992).
Essa visão de currículo é desafiador, pois a escola precisa ultrapassar a lógica da exclusão social, necessita buscar oportunidades de acesso e permanência das tecnologias nos espaços do ensino. Para tanto, é preciso entender que as necessidades de mudanças vão além dos muros das escolas e repensar, reorganizar e reposicionar sua própria estrutura e seu currículo faz parte de um processo coletivo onde o diálogo com a comunidade onde a escola está inserida é o subsídio essencial para essa conquista.
Vale frisar que para conseguir um currículo voltado para a realidade e necessidade dos alunos é necessário que o professor esteja preparado para atuar pedagogicamente com as novas tecnologias na escola. Essa preparação passa pelo rompimento do velho paradigma e pela aceitação e incorporação de um novo modelo de ensino (LEVY, 1993).

2.6 Um novo olhar pedagógico e a democratização do acesso ao conhecimento

Toda mudança requer, das instituições escolares, metodologias e aperfeiçoamento de posturas necessárias à provocação e acompanhamento do processo educativo de forma que proporcione aos discentes autonomia e criatividade. Para tanto, é necessário mudar as formas tradicionalistas de ensinar, rever o papel do professor e do aluno, ter nova visão da escola e da sala de aula, de se postar diante das novas tecnologias e  encarar a educação e sua função social com maior abrangência. [...] “O papel da educação deve voltar-se à democratização do acesso ao conhecimento, produção e interpretação das tecnologias, suas linguagens e conseqüências” ( SAMPAIO; LEITE,1999,p.15).
Conforme Freire (1998), a educação libertadora passou a inspirar novos conceitos que orientam uma nova sociedade baseada nos princípios de liberdade, de participação e de busca pela autonomia. Assim sendo, o docente precisa incorporar novas atitudes, conforme Libânio (1999) assumir o ensino como mediação: assumir a idéia de prática interdisciplinar na escola; conhecer estratégias de ensinar a pensar e ensinar a aprender; empenhar-se em auxiliar o aluno a buscar uma perspectiva crítica dos conteúdos; assumir a sala de aula como um processo comunicacional; reconhecer o impacto das novas tecnologias na escola; atender à diversidade cultural e respeitar as diferenças; investir na atualização científica e em sua formação continuada e integrar o exercício da docência à dimensão afetiva.
Mediar o processo de ensino-aprendizagem exige que o professor oriente os estudos do aluno e invés de pesquisar pelo discente, os estimule a querer saber mais e a despertar a curiosidade sobre as questões das diversas disciplinas, democratizando o acesso ao conhecimento de forma interessante, pois ele é o agente da aprendizagem: é um estudioso autônomo, capaz de buscar por si mesmo os conhecimentos, formar seus próprios conceitos e opiniões, sendo assim responsável pelo próprio crescimento (RAMPAZZO, 2003).
Vale frisar que para o aluno traçar os próprios caminhos é preciso que os conteúdos curriculares atendam a uma estrutura flexível e aberta onde a tecnologia está dentro do contexto como meio, instrumento incorporado que será  utilizada pelo educador como recurso para estimular a aprendizagem. A escola precisa tentar formar uma sociedade em que o homem seja o centro e utilize a tecnologia a serviço do bem de todos (RAMPAZZO, 2003).
A escola precisa quebrar velhos paradigmas e ser um espaço aberto e conectado com o mundo. Os alunos precisam ter contato com a comunidade, partilhar experiências com colegas e outras escolas. A internet pode ser a ferramenta que possibilitará essa comunicação, pois a mesma expande os horizontes através dos fóruns de debates, das trocas de conhecimentos, da visitação de culturas diferentes, da construção de trabalhos conjuntos e da navegação sem fronteiras (MIGUEL, 2003).
Nessa perspectiva o diálogo é fundamental para expandir conhecimentos, e a escola pode fazer uso das mídias digitais, especialmente da hipermídia, incorporando distintos recursos tecnológicos à tecnologia digital e assim proporcionar a comunicação entre as diferentes linguagens. Mas para tanto, é preciso que a instituição escolar tenha um pensamento de coletividade efetivo, mas  infelizmente algumas vezes  o que prevalece, ainda no seu interior, é a individualidade e o autoritarismo.
A forma de pensamento que a escola e a universidade impõem aos alunos, desde a infância segundo Morin (1996 p. 275) [...] “a de um pensamento disjuntivo e redutor, ou seja, na escola aprendemos muito bem a separar – separamos um objeto de seu ambiente, isolamos um objeto em relação ao observador que o observa e buscamos a explicação do todo através da constituição de suas partes, na tentativa de eliminar a complexidade”.
Vale frisar que tendo um modelo pedagógico determinista, a escola não consegue abranger toda a complexidade do mundo atual. É notório que atualmente precisa ocorrer uma transformação na educação, sobretudo na sala de aula. Não basta apenas ter as ferramentas tecnológicas, o educador precisa incorporar novos paradigmas pensando de maneira democrática, tendo metas estabelecidas a cumprir diante da presença das tecnologias da informação e da comunicação, tanto na vida de fora como de dentro da escola. Como afirma Marques (1996) a educação como interlocução de saberes sempre em reconstrução, ou seja, para que haja educação é fundamental que aconteça um diálogo de saberes.
            Para a escola proporcionar novas formas de saberes utilizando as ferramentas tecnológicas como um suporte para surgir novas aprendizagens é preciso que ela esteja conectada com as coisas que acontecem no mundo. Philippe Perrenoud (2000) comenta sobre o novo mundo em que crescem as crianças de hoje, um mundo no qual elas dominam, desde muito cedo, as novas tecnologias, que influem, determinantemente em seus cotidianos [...] “ As crianças nascem em uma cultura em que se clica...”, afirma que” a escola não pode ignorar o que se passa no mundo” ( Perrenoud, 2000 p. 125).
            O grande problema é que a realidade escolar, praticamente “estacionou” e os velhos paradigmas estão tão incorporados na prática do professor como: persistir muito em aulas expositivas, deixando o aluno ser um receptor passivo, pois acredita que sabe muito mais do que o discente, a sala de aula é o ambiente de escuta e recepção, o aluno aprende o que o professor já pesquisou, o educando aprende e estuda por obrigação, os conteúdos precisam ser seguidos em uma estrutura rígida que não prevê brechas nem modificações, o retroprojetor ou o projetor de slides são usados, muitas vezes, como instrumento esporádico para tornar determinado assunto mais agradável e os recursos tecnológicos são manipulados pelo professor. Sendo assim, este tipo de educação não responde às necessidades do indivíduo e da sociedade contemporânea ( MIGUEL, 2003).
            Democratizar um ensino pautado em um modelo fechado, desinteressado e alienado do que ocorre no mundo, na sociedade humana é uma tarefa difícil e árdua, entretanto para Valente (1999), a criação de uma pedagogia, segundo uma visão “enxuta” de educação, ainda está em fase embrionária, mas já seria possível antever algumas característica desse novo processo educacional.
            Conforme Valente (1999,  p. 37-38):

[...] “Assim, comparativamente ao que acontecer com os meios de produção e serviço, na educação enxuta o aluno deve “puxar” os conteúdos, e a escola deve ser capaz de atender às mudanças e necessidades dos alunos. O professor e os alunos devem ter autonomia e responsabilidade para decidir o como e o que deve ser tratado nas aulas. O aluno deve ser crítico, saber utilizar a constante reflexão e depuração para atingir níveis cada vez mais sofisticados de ações e ideias, e ser capaz de trabalhar em equipe e desenvolver, ao longo da sua formação, uma rede de pessoas e especialistas que o auxiliem no tratamento dos problemas complexos. O conteúdo não pode ser mais fragmentado ou descontextualizado da realidade ou do problema que está sendo vivenciado ou resolvido pelço aluno.”

Diante do que foi afirmado pelo autor acima, a escola precisa formar cidadãos críticos, oferecendo a eles a oportunidades de falarem das suas necessidades e sede de saber, utilizando as tecnologias como meio para a autonomia, para o processo da aprendizagem e da inclusão social. Além disso, é preciso um ensino pautado na contextualização levando em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, tendo um currículo que norteia o fazer pedagógico dos professores sendo gestado de acordo com os elementos relacionados aos valores dos jovens da sociedade contemporânea, como a interatividade e a hipertextualidade, que têm gerado novas formas de se relacionar com o conhecimento, novas racionalidades, novos modos de pensar e agir (LEMOS, 1997).
A prática do professor é a chave que pode abrir portas que proporcionará ao educando a oportunidade de ser um pesquisador crítico que utilizará as TICs em prol de uma aprendizagem significativa onde o educador será um parceiro de trabalho, que não mais ordena ou dita os comandos, mas passa a ser um co-autor do processo de ensino, e juntamente com os alunos, vai estimulando uma educação problematizadora e investigativa em busca de novos saberes.
Enfim, ficou claro, até esse momento dessa pesquisa, a importância das escolas quebrarem velhos paradigmas, investirem em um currículo contextualizado e a importância de utilizarem as tecnologias como ferramenta significativa para aprendizagem dos discentes.
Agora apresentaremos no capitulo seguinte,  como as tecnologias são usadas no município de valente – BA, principalmente como essas ferramentas são utilizadas na prática dos professores que lecionam na escola Centro Educacioanl Cecília Meireles e o que pensam os alunos, gestores, coordenadores pedagógicos  e alunos sobre o emprego dos meios de comunicação como recursos pedagógicos e qual o papel da mídia, para eles, no processo de ensino e aprendizagem.















3. O uso das tecnologias no contexto da Escola Centro Educacional Cecília Meireles em Valente – BA


3.1- O uso das tecnologias na visão dos docentes da Escola Centro Educacional Cecília Meireles em Valente – BA
      
A Escola Centro Educacional Cecília Meireles em Valente – BA está situada no Bairro da Liberdade e atende as crianças do Bairro, da sede e da zona rural. É considerada uma das melhores escolas pública do município funcionando em dois turnos, matutino e vespertino. Os professores desta escola são todos graduados e alguns são especialistas na sua área.
             Para saber como os educadores, da instituição citada anteriormente, usam as tecnologias nas salas de aula, é que fui fazer uma pesquisa de campo no mês de outubro de dois mil e onze nesta escola para obter informações sobre a utilização das TICs na prática pedagógica e durante a pesquisa entrevistei três professores, três alunos, a gestora e a vice- gestora.
Sabemos que é importante possibilitar a articulação entre diferentes pontos de vista para compreendermos uma situação, com o intuito de adquirir informações relevantes sobre o uso das tecnologias na sala de aulas desta instituição é que fiz as seguintes perguntas:
1.    Quais os fatores que impossibilitam o uso das tecnologias na sala de aula?

Para [P1] “Um dos fatores é o espaço inadequado para o uso das TICs”.

Para [P2]  “O motivo é poucos recursos tecnológicos, pois, temos um infocentro com pouquíssimos computadores quando vamos usá-lo a aula vira uma confusão”.

Para [P3, P4 e P5] “Não estão preparados para trabalhar com as tecnologias, são muitas informações, sendo que muitos ainda não possuem o conhecimento mínimo suficiente para aplicar tal prática na sala de aula.


Diante das respostas dos professores, pudemos dizer que inserir os alunos no processo tecnológico não depende simplesmente do querer do educador mais de uma política pública que objetive a essência do trabalho com a mídia e invista em ferramentas e espaço físico adequado para atender as necessidades dos estudantes e de curso de formação continuada em mídia pela educação. Por isso ensinar e aprender segundo Moran ( 2000,p.12) [...]“ Ensinar e aprender são os desafios maiores que enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora em que estamos pressionados pela transição do modelo industrial para o da informação e do conhecimento”.

2.    O que diz o PPP ( Projeto Político Pedagógico) da escola sobre o uso das mídias?

Para [P3] “Bem, sobre o PPP acho que deve dizer que as tecnologias devem ser utilizadas”.
Para [todos] os professores devem ser atualizados e usarem as mídias de forma significativa. Se não diz isso deveria dizer é o que aprendemos nos cursos que tomamos.


Infelizmente ficou explícito que o PPP da escola não foi elaborado na coletividade, as ações não contemplam as metodologias mais adequadas para atender as necessidades dos alunos nem dos professores, principalmente no que diz respeito ao uso das tecnologias pior, ficou claro a falta de conhecimentos sobre este documento e o cidadão que a escola quer formar fica a critério de cada professor, pois o que a unidade  escolar almeja está em um documento engavetado.
Segundo Libâneo (2004), é o documento que detalha objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando a síntese das exigências sociais e legais do sistema de ensino e os propósitos e expectativas da comunidade escolar. Além disso, Possibilitar ao coletivo escolar a tomada de consciência dos principais problemas da escola e das possibilidades de solução, definindo as responsabilidades coletivas e pessoais
3.     Vocês professores mesmo com dificuldades usam as tecnologias. Mas como as ferramentas tecnológicas são usadas?

Para [P1 e P4] “Utilizamos para apresentar os assuntos através de slides, para os alunos fazerem pesquisas, apresentarem seminários, usamos vídeos”.

Para [P2,P3 e P5} “esclarecer os conteúdos e os alunos prestarem mais atenção, fazemos uso do Data Show da TV para apresentarmos imagens e aparelho do aparelho de Som para  ensaiar coreografias”.
             
              Podemos observar que os professores usam a tecnologia como um recurso para incrementar suas aulas.
Para Morin (2000) quando ele afirma que [...] “Hoje temos um número significativo de professores desenvolvendo projetos e atividades mediados por tecnologias. Mas ainda existem muitas escolas e professores procurando saber como utilizar pedagogicamente os recursos tecnológicos.

4. Vocês educadores acham que as ferramentas tecnológicas aprimoram os conhecimentos dos alunos? Por quê?

[Todos] Sim

Para [P1 e P2] “ Porque os recursos áudio visuais chamam atenção dos alunos mais do que cartazes, as aulas ficam mais dinâmicas.
Para [P3, P4, P5] “Os discentes gostam do novo e aprendem com mais facilidade, porém é preciso usar esses recursos de forma significativa”.

Percebemos o quanto é urgente a necessidade de que todos os professores compreendam as potencialidades inerentes a cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, que se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação. (ALMEIDA, 2006).

5-    O que deve ser feito na sua escola para que as tecnologias contribuam com o ensino-aprendizagem?


Para [Todos] “Deve ser feita uma análise cuidadosa do uso das TICs, pois tem professores que agendam o uso do Data Show para cinco aulas consecutivas e como somente tem um na escola fica difícil outra pessoa usar, além disso é preciso de mais ferramentas, de computadores com internet e construir um espaço adequado para usar as ferramentas tecnológicas”.


 A falta de um trabalho no coletivo faz com que a dimensão pedagógica fique fragmentada, e a falta de uma gestão financeira e administrativa impedem que se faça um bom uso dos poucos recursos tecnológicos que existem na Escola Centro Educacional Cecília Meireles.
Para Almeida (2005, 14):
[...] “A gestão deve partir da descrição da realidade. “E para isto é necessário olhar, interpretar e diagnosticar as potencialidades, as fragilidades existentes no cotidiano da escola, os interesses e as demandas.”
                Para obter mais esclarecimentos do uso das tecnologias na escola pesquisada, procurei as gestoras para entrevistá-las e as mesmas responderam as perguntas com segurança e tentaram ser verdadeiras no que diz respeito ao uso das TICs na escola que elas administram.

3.2 O uso das tecnologias na visão da gestão da Escola Centro Educacional Cecília
Meireles em Valente – BA

O gestor mais do que um administrador ele precisa ser um educador e por isso, precisa saber o que está acontecendo dentro da sala de aula para que possa diagnosticar o ensino desenvolvido dentro da instituição escolar proporcionando aos educadores oportunidades de capacitação e orientação pedagógica.

"A gestão, segundo Fernando José Almeida (2005), é entendida pela forma de se comprometer com o todo de um empreendimento: responsabilidade, capacidade de observação e descrição diagnóstica, análise e síntese, tomada de decisão - conjunta e solitária - comunicação, democracia, memória, identidade e utopia: articulação de pessoas e projetos em torno de algo chamado vida: gerar, gestar,... organização, generoso ato de viver." (p.68).


Diante do que foi citado por Almeida, podemos afirmar que  a função do gestor escolar é bem maior do que simplesmente dirigir a escola, ele precisa ser um articulador de ações em parceria com a comunidade , discentes e professores delegando e liderando democraticamente. Sendo assim, fui entrevistar a gestora e sua vice para saber como era desenvolvido o trabalho pedagógico na sua escola diante das novas tecnologias e fiz as seguintes perguntas:
1 - Existem alguns fatores que impossibilitam o uso das tecnologias na sua escola? Quais?
Para o [G ] Sim. Faltam ferramentas para atender todos os alunos, temos um infocentro, mas temos poucos computadores e também precisamos de pessoas capacitadas para trabalhar com as tecnologias porque ainda temos professores que tem dificuldade em manusear os aparelhos tecnológicos. Além disso, não temos espaço físico adequado, temos uma TV que está em um suporte móvel que o professor leva para sua sala quando quer utilizá-la e somente um Data Show. Mas apesar dessas dificuldades os professores fazem uso das tecnologias sempre que possível.

Durante a fala da gestora fui percebendo que ela tem uma grande vontade de vê os docentes usarem as tecnologias de maneira mais planejada, porém falta a todos os envolvidos no processo-aprendizagem, da escola pesquisada, capacitação e planejamento de atividades significativas com o uso das mídias.
Perguntei a Vice-Gestora: Durante a elaboração do PPP (projeto Político pedagógico) foi elaborada ações que envolvessem o uso dat TICs?

Para [ V G] “O PPP não foi revisado esse ano, porém mim lembro que a escola criou um Blog para ser usado pelos alunos envolvendo jogos matemáticos onde os alunos interagiam com os colegas. Além disso, os professores usam vídeos, TV, DVD nas aulas quando possível”.

O trabalho com as tecnologias acontecem  na escola Centro Educacional Cecília Meireles, entretanto no  PPP da instituição não diz como elas devem ser utilizadas nem com qual finalidade. Diante desse quadro, é preciso os professores e gestora compreender que é preciso um planejamento focado no real objetivo que se deseja e não simplesmente fazer uso das TICs para diversificar a prática pedagógica. Como afirma Moran (2000) “Professores, alunos e administradores podem avançar muito mais em organizar currículos mais flexíveis, aulas diferentes. A rotina, a repetição, a previsibilidade, tudo isso é uma arma letal para a aprendizagem. A monotonia da repetição esteriliza a motivação dos alunos”.
Após ouvi a resposta sobre o PPP da escola precisei saber da gestora a relevância que a instituição atribui ao trabalho com as tecnologias e interroguei-a:
 2 - Você acredita que as ferramentas tecnológicas aprimoram os conhecimentos dos alunos? Se afirmativo justifique.

Para a [G] “Com certeza, pois é um recurso audiovisual que chama a atenção dos alunos, de tal forma que os cartazes estão sendo aos poucos substituídos por slides”.


      Infelizmente o audiovisual ainda é usado como um apoio ilustrativo para chamar atenção dos discentes para o conteúdo que foi ensinado na escola, além disso, os envolvidos no processo educacional, às vezes, se colocam e são colocados como espectadores diante novas tecnologias. Neste contexto o grande desafio não é só de explorar as possibilidades que as novas tecnologias criam, mas, parafraseando Paulo Freire, de reconhecer, no universo cultural dos jovens e nas telas audiovisuais que fazem parte do seu dia-dia, novos modos de ler o mundo e de transformá-lo.
      3- Os professores e vocês enquanto gestoras estimulam os alunos a usarem a internet como fonte de pesquisa? Em caso positivo de que forma?

Para [G] “Sim estimulamos. Uma das formas de incentivá-lo é passando pesquisas para eles fazerem utilizando a internet. Sabemos que, ainda, uma boa parte dos alunos tem dificuldade em acessar esta ferramenta por isso não fazemos essa atividade sempre.

Para [V G] “Sim. Mais sabemos que ainda é preciso estimular mais, porém nem todos os alunos têm acesso à internet, entretanto percebo que essa ferramenta ajuda os alunos a ficarem mais informados”.



As gestoras compreendem que a internet é uma ferramenta que ajuda os discentes nas suas pesquisas, e estimular os educandos para o uso da mesma faz parte de uma das funções da escola, entretanto nem todos os alunos tem  acesso a internet. Sendo assim, foi possível perceber que falta muito esclarecimento de como utilizar a internet de forma cooperativa e interativa. Programas da internet pouquíssimos são utilizados por gestores e professores, muito menos por alunos. O programa JCLIC, por exemplo, é desconhecido para os gestores e profissionais da escola pesquisada.
Para Moran (2000):

“As tecnologias de comunicaçãoo substituem o professor, mas modificam algumas de suas funções. A tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros, programas em CD. O professor se transforma agora em estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante.”


As gestoras precisam entender que ficar somente se queixando da falta de ferramentas tecnológicas não vai resolver o problema, é preciso parceria com o governo nos três níveis para conseguir investimentos e comprar mais computadores. Mas somente isso não resolveria o problema é preciso capacitar os profissionais educadores para trabalharem efetivamente com as TICs.
4- O que deve ser feito para que as tecnologias contribuam com o processo ensino-aprendizagem?

Para [G] “O primeiro passo é capacitar os professores para saberem usar as TICs de maneira correta, pois assim sendo o educador poderá conscientizar os alunos a fazerem uso adequadamente das mídias para sua formação”.

Após a entrevista realizada com as gestoras ficou explícito o quanto é necessária formação continuada dos educadores para que eles possam fazer uso das tecnologias em prol de uma educação de qualidade.
Todos os que estão envolvidos em educação precisam conversar, planejar e executar ações pedagógicas inovadoras, com a devida cautela, aos poucos, mas firmes e sinalizando mudanças. Sempre haverá professores que não querem mudar, mas uma grande parte deles está esperando novos caminhos, o que vale a pena fazer (MORAN, 2002).
Para finalizar a pesquisa na Escola Municipal Centro educacional Cecília Meireles, fui entrevistar três alunos que cursam o 7º, 8º e 9º ano do ensino fundamental II para saber o que eles pensam sobre o uso das TICs e como as mesmas são usadas na instituição escolar.

3.3 O uso das tecnologias na visão dos discentes da Escola Centro Educacional Cecília Meireles em Valente – BA
1-    Vocês julgam o uso das TICs importantes para os seus estudos?
Para [A 1] “ Sim. Muito eu tenho aprendido com as tecnologias, pois fica mais fácil, leio o que tem na internet e depois faço meu texto.”

Para [A2] “Acho. Quando vou fazer minhas pesquisas tudo é mais fácil, acesso a internet, escolho o que as professoras querem, seleciono e depois colo”.

Para [A3] “Sim. Faço meus trabalhos com mais facilidade, preparo slides para apresentar e  fico mais informada”.

 Sabemos que as tecnologias podem propiciar novas concepções de ensino-aprendizagem, mas o grande desafio do professor é ajudar os alunos a serem pesquisadores e deixarem o plágio, uma maneira de conscientizá-lo é apresentar  o Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral – artigo 184 – que traz o seguinte teor: Violar direito autoral: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. E os seus parágrafos 1º e 2º, consignam, respectivamente:
§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, com intuito de lucro, de obra intelectual, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (...).
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire oculta, empresta troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral.
Segundo Moran (2004, p. 30)
O professor tem a função de orientador /mediador – informa, ajuda a escolher as informações mais importantes, trabalha para que elas se tornem significativas pra os alunos, permitindo que eles as compreendam, avaliem – conceitual e eticamente -, reelaborem textos e adaptam-nas aos seus contextos pessoais. Ajuda a ampliar o grau de compreensão de tudo, a integrá-lo em novas sínteses provisórias ( MORAN, 2004, p. 30)

A partir do momento que o professor aprender a utilizar as TICs com fins pedagógicos, ele poderá ajudar e mediar seus alunos a fazerem suas próprias atividades usando a Internet e outras tecnologias como suporte para seus conhecimentos e não como um fim em si mesmo.
2-    Vocês utilizam quais ferramentas tecnológicas dentro e fora da escola? Para quê?
Para [A1] “ Na escola eu utilizo TV, vídeos, data show para apresentar trabalhos e fora da instituição uso muito a internet para pesquisar e também conversar com minhas amigas.


Para [A2] “Aqui na escola faço uso da TV e vídeos para assistir filmes, às vezes uso o som e quando o computador está ligado navego na NET para fazer trabalho. Fora da escola tenho acesso ao celular para ligar para os amigos e claro as amigas”.

Para [A3] “Dentro da escola utilizo o computador de vez em quando, o data show, TV e som. Fora da escola uso a internet para acessar o Orkut e MSN para conversar com amigos”.

A escola pesquisada faz uso das TICs mesmo de forma tímida e sem muita informação, mas ficou explícito nas falas dos alunos que estas ferramentas ainda estão longe de focalizar o ensino-aprendizagem, pois é necessário inserir o uso das novas tecnologias no currículo Real da instituição incentivando os alunos a serem pesquisadores críticos, não simplesmente reprodutores de conhecimentos.
3-    Vocês acham que os professores deveriam fazer mais uso das tecnologias nas suas aulas? Por quê?
Para [A1] “ Sim. Eu acho que as aulas ficam mais interessantes, explicativas quando o professor usa ferramentas tecnológicas e além disso consigo entender melhor os conteúdos.

Para [A2] “ Ás vezes. Nesta escola tem poucos recursos tecnológicos, sendo assim nem todos os alunos conseguem manusear as ferramentas e as aulas ficam meio bagunçada”.

Para [A3] “ Sim. Quando a professora utiliza meios tecnológicos para trabalhar os conteúdos eu consigo aprender com mais facilidade.

Os alunos percebem que quando os educadores fazem uso das TICs durante suas aulas, fica mais interessante e aprimora os conhecimentos, entretanto é necessário que a escola invista em recursos para que a prática seja realmente significativa para todos os discentes.
            Parafraseando Almeida, as diferentes tecnologias são novas linguagens que fazem parte do cotidiano dos alunos e das escolas, portanto o professor precisa utilizá-las para se aproximarem das gerações que hoje estão nos bancos das escolas.  Mas para inserir essas TICs no currículo escolar é preciso primeiramente ter as tecnologias disponíveis. Quando isso não é possível não obtemos resultados favoráveis. É preciso que essas ferramentas estejam na sala de aula, à mão no momento da necessidade.
4-    Vocês dispõem de acesso a internet com facilidade e em que ambientes vocês costumam acessar?
Para [A1] “ Sim. Eu acesso a internet aqui na escola e em casa mesmo. Faço pesquisas, falo com amigos no MSN e Orkut”.

Para [A3] “Não. Somente uso internet às vezes aqui na escola para fazer alguma pesquisa. Moro na zona rural e lá nós ainda não temos internet’.

Para [A 2] “ Não. Acesso  no Colégio quando vou fazer algum trabalho e na Lan House ”.

Infelizmente pleno século XXI várias pessoas ainda não tem facilidade em ter acesso à internet, realidade esta presente nas falas dos alunos da escola Centro Educacional Cecília Meireles e quando tem, fascinados pelo novo e curioso acabam usando a mesma como diversão acessando jogos ou batendo papo.
 É notória a preocupação do MEC em enviar para as escolas computadores, entretanto as quantidades de máquinas não correspondem à quantidade de alunos, não digo um computador por aluno, mas o suficiente para que todos possam trabalhar em equipe com facilidade.
            Enfim, os entrevistados afirmaram que o uso das TICs na escola pode ser um caminho que facilita a aprendizagem, porém é necessário quebrar velhos paradigmas para que as tecnologias possam promover mudanças de atitudes e de metodologias de trabalho e para tanto é imprescindível capacitação dos educadores e gestoras para o uso da mídia se deem em conjunto com a comunidade escolar.
















































CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os professores do Ensino Fundamental II que trabalham com a Língua Inglesa e portuguesa, geografia e história da escola pesquisada precisam entender melhor como trabalhar com as TICS na sala de aula, pois não nos cabe mais ser transmissores do saber, porém precisamos ser mediadores das informações incentivando os alunos a serem pesquisadores críticos, aguçando a sua curiosidade em relação à nova aprendizagem tendo como parceiras as tecnologias.
Ficou explícito que ainda permanece na prática pedagógica dos professores entrevistados o tradicionalismo constituído em dar aula, transmitir informações e cumprir os conteúdos curriculares. Entretanto é notório que esta prática já não atende às necessidades da sociedade atual e eles sabem disso, entretanto falta formação continuada sobre como utilizar as TICs no “chão” da sala de aula para que esse velho paradigma seja modificado de forma criativa.
Os educadores reclamaram da falta de ferramentas para poderem melhor trabalharem com as tecnologias  e por este motivo fazem pouco uso das TICs, principalmente da internet.
Outro fator marcou a minha pesquisa foi à impossibilidade de uso da internet pelos alunos, pois alguns moram na zona rural e não consegue nem uma Lan House para acessar e o uso da mesma pelos estudantes da sede visando o bate-papo e jogo. Além disso, outro fator preocupante é a pesquisa feita pelos estudantes sem análise onde o plágio acontece sem esclarecimento da sua conseqüências.
Enfim, para motivar a mudança de atitude dos educadores e educandos em relação ao uso da tecnologia é preciso inserir esta proposta no currículo e conscientizar os professores, gestores e alunos que as TICs não devem ser utilizadas como um fim em si mesmo, mas sim como uma ferramenta auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, despertando desta maneira algum tipo de interesse maior na questão do conhecimento.




REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, Fernando José. Contribuições teóricas sobre gestão: elementos para mapear o entendimento das práticas gestionárias e sua visão de mundo, de sociedade e de ser humano. In: Manual do curso - escola de gestores da educação básica. Brasília, 2005.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Pedagogia de projetos e integração de mídia . Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ppm/tetxt5.htm . Acesso em 01/11/2011.
ALMEIDA, Fernando J. Notas de aula da disciplina do curso de pós-graduação em Educação:Currículo da PUC SP. São Paulo: 2003.
ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de; MASETTO, Marcos Tarciso; MORAN, José Manuel; VIEIRA, Alexandre Thomaz. Formação de gestores escolares para utilização de tecnologias de informação e comunicação. Brasília: Secretaria de Educação a Distância, 2002. pp. 63-71.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. A ERA DA INFORMAÇAO: ECONOMIA, SOCIEDADE E CUL V.1. São Paulo. Editora Paz e Terra. 2003.
DIZARD, W. P. (1998) A nova mídia: a comunicação de massa na era da informação / Wilson Dizard Jr.; tradução [da 2ª ed.], Edmond Jorge; revisão técnica, Tony Queiroga - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
LEVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Tradução de: Carlos I. da Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. p. 8
LEVY, Pierre. O que é virtual?São Paulo: Editora 34, 2003.
MORAN, José Manuel. Gestão inovadora com tecnologias. In ALONSO, Myrtes;
PERRENOUD, Philippe. 10 Novas Competências para Ensinar . Porto Alegre. Ed. Artmed.
PRATA, Carmem Lúcia. Gestão escolar e as tecnologias. In: ALONSO, Myrtes; Freire, F.M.P e Prado, M.E.B.B. Projeto pedagógico: pano de fundo para escolha de software educacional. In: VALENTE, J. A. (Org.). O computador na sociedade do conhecimento
SANTAELLA, L (1992). Cultura das mídias (2ª. Ed. 1996) SP: Experimento.

VALENTE, José Armando. Repensando as situações de aprendizagem: o fazer e o compreender. Boletim do Salto para o Futuro, série Tecnologia na Escola. Programa 4, 2002. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/te/tetxt4.htm. Acesso em nov/2011.










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