segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

SER ESCRAVO NO BRASIL.



APOSTILA DE HISTÓRIA
SER ESCRAVO NO BRASIL.

Os escravos foram levados para os engenhos.

Os principais portos de desembarques de escravos no Brasil foi o de Salvador, na Bahia, e o da cidade do Rio de Janeiro.
Após o desembarque, os escravos eram expostos nas ruas como se fossem mercadorias. Os mais caros eram os homens jovens e em bom estado físico.
Depois de comprados, os escravos eram levados para o local de trabalho. Durante muito tempo, a maior parte deles seguiu para as lavouras de cana-de-açúcar, a principal riqueza no Brasil de 300 anos atrás.

Um pedaço da África no Brasil.

Os africanos não chegaram aqui por vontade própria. Eles foram capturados em sua terra natal e trazidos para cá para trabalhar como escravos. Durante mais de 300 anos de escravidão no Brasil, chegaram a estas terras cerca de 5 milhões de indivíduos. E aqui eles foram responsáveis por executar todo tipo de trabalho manual, no campo e na cidade.

Os escravos eram “os pés e as mãos do senhor do engenho”

Nos engenhos, a jornada de trabalho podia durar até 18 horas. Os escravos trabalhavam nos canaviais, nas moendas, na construção de cercas e celeiros, e no transporte de açúcar até os portos. A comida, em pouca quantidade, era composta de alguns poucos vegetais, farinha de mandioca e carne-seca. Nessas condições, depois de chegar ao Brasil, os escravos viviam, em media, 10 anos.
                                   Moenda – lugar no engenho onde se moía a cana-de-açúcar.
O amargo processo de produção de açúcar.

·         Leia o que escreveu Antonil, um padre de origem italiana que viveu no Brasil por volta de 300 anos atrás, sobre o trabalho na moenda do engenho.

“[...] se por desgraça a escrava que mete a cana entre os eixos, ou por força do sono, ou por cansada, ou por qualquer descuido, meteu desatentamente a mão mais adiante do que devia, arrisca-se a passar moída entre os eixos, se não lhe cortarem logo a mão ou o braço apanhando, tendo para isso junto da moenda um facão, ou não forem tão ligeiros em parar a moenda [..]”
 







Os escravos sofriam constate castigos

Para garantir o trabalho e a obediência dos escravos, os senhores ordenavam a aplicação de constantes castigos físicos.
As razões para os castigos eram variados. Ele era aplicado quando os escravos demonstravam sinais de cansaço, desrespeitavam as regras ou cometiam pequenas faltas,como furtar comida, por exemplo. O castigo mais comum era o uso do chicote e da palmatória.
O escravo tambem podia ser acorrentando ou receber um tipo de coleira de ferro ao pescoço. Esses castigos, extremamente violentos, eram usados, principalmente quando os escravos fugiam. A pena era aplicada para servir de exemplo aos demais escravizados.

Em busca da liberdade

Os escravos resistiam de diversas maneiras à vida dura que levavam. A fuga, a violência contra os senhores e até mesmo o suicídio eram reações comuns dos escravizados. Muitas vezes, nas fugas, os escravos conseguiam formar pequenos povoados na floresta, escondido e distante dos senhores. Esses povoados recebiam o nome de quilombos.

A presença africana nas cidades

Por volta de 200 anos atrás, a quantidade de africanos no Brasil era tão grande que os europeus que chegavam a estas terras tinham a impressão de desembarcar em terras africanas. Em Salvador, uma das mais importantes cidades daqueles tempos, o números de escravos era praticamente igual o de pessoas livres.
Pelas ruas de Salvador e do Rio de Janeiro, por exemplo, era comum encontrar mulheres negras vendendo doces e frutas. Os homens tambem vendiam nas ruas, além de trabalhar no transporte de objetos, oferecer serviços de barbeiros, entre outras atividades. Os escravos dividiam com seus senhores o dinheiro que ganhavam nesses trabalhos.


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