As formas de trabalhar com texto no meio digital.
Antigamente, a escola só tinha que se preocupar com bons professores para alfabetizar de primeira a sétima séries, já que eles só tinham que ensinar as crianças a decodificar os códigos oral e escrito, mas hoje com as propostas do (MEC – PCN –1997) temos que formar bons leitores e produtores de textos, sujeitos hábeis nos diferentes usos lingüísticos, oral e todas as formas de textos.
Como afirma Magda Soares à maneira como a leitura e escrita era utilizada tornou-se insatisfatório, pois não basta mais saber ler e escrever tão somente, é preciso saber fazer uso da leitura e da escrita. A partir do momento em que as sociedades tornaram-se cada vez mais centradas na escrita e multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita não só na cultura do papel, mas também na nova cultura da tela com os meios eletrônicos, é insuficiente ser apenas alfabetizado.
Vale salientar que, viver em uma sociedade de informação digital requer multiletramentos, ou seja, competência em um conjunto cada vez mais diversificado de habilidades funcionais, acadêmicas, críticas e eletrônicas. Para serem considerados multiletrados, os estudantes precisam hoje adquirir um conjunto de habilidades que os capacitem a tirar vantagem dos diversos modos de comunicação que se fizeram possíveis pelas novas tecnologias e a participar de comunidades globais de aprendizagem. Sabe-se que com as novas tecnologias houve mudanças na escrita e na leitura porque a Internet oferece riquíssimas possibilidades de texto e escrita. De início, diríamos que nossa noção de texto não se restringe mais em somente elementos verbais, abrangendo também os não-verbais. É tudo o que produz sentido e que está ligado ao elemento verbal e, não necessariamente conter algum tipo de escrita. Abrange, assim, além de textos escritos como poesia, narrativas e contos, etc; como também músicas, pinturas, esculturas, histórias em quadrinhos, poemas visuais e outros mais. Todas essas formas textuais são de grande importância para o aluno se torne letrado. Além do mais, na internet são dinamicamente encontrados nos hipertextos inúmeras fontes de informação, e os trabalhos que deles se pode fazer são de relevância para a aprendizagem da estrutura de uma língua e do uso dessa língua pelos falantes.
Além do dinamismo encontrados nos hipertextos, percebe-se que a todos aqueles que podem ler um texto impresso não o lêem da mesma forma; com a hipertextualidade, no entanto, observamos que as diferenças ainda tendem a ser maiores. A não-linearidade permite ao indivíduo recortar o texto, “navegando” em qualquer sentido: não há o certo ou o errado, são opções feitas pelo navegador. E aqui se estabelece a grande diferença entre a leitura de um texto impresso, indicado pelo professor e a leitura de textos virtuais selecionados pelo aluno. Para Alava e colaboradores (2002), as novas dinâmicas de interação proporcionadas pela rede dão praticamente ao aprendiz o controle de seu processo de formação, o que inclui a escolha do que lê como lê, para que lê. Assim, se torna premente a necessidade do professor assumir a leitura como um processo de interação entre autor-texto-leitor no qual interferem, entre outros aspectos, a situação cultural, política e social de cada leitor e as suas relações intertextuais.
Vale frisar que, até o início dos avanços tecnológicos na área da informática, não encontrávamos nada de novo em nossa forma de ler. Com o advento do hipertexto, fomos apresentados a uma rede multidimensional onde qualquer ponto está conectado potencialmente a outro nó do texto (ECO, 1996). Assim, os links possibilitam um passeio por múltiplos textos, cuja ligação é determinada pelos programadores por meio de uma palavra. O link é, na verdade, uma ponte, um encontro entre produções textuais diferentes, que propicia o fim das rígidas fronteiras entre os textos. Dessa forma, as principais mudanças trazidas pela rede são: a leitura descontínua, hipertextual e tematizada.
O hipertexto, sobretudo, veio alterar nossa noção de textualidade, pois é um texto plural, que não possui um centro discursivo e margens; é produzido por um ou vários autores, estando sempre mudando e recomeçando de maneira associativa, umulativa, multilinear e instável. Num ambiente hipertextual não se é apenas escritor ou leitor, mas uma conjugação simultânea dos dois papeis. O hipertexto não só convida os leitores a participarem na elaboração do texto, mas força-os a fazerem-no (sob pena do texto não sair da sua virtualidade), tornando leitores e escritores colaboradores e mútuos aprendizes.
O hipertexto por ser uma apresentação organizada de textos com sons, imagens vídeos fotos e animações, ou seja, com recursos de multimídia esse tipo de apresentação tem como finalidade esclarecer assuntos iniciar tendências formar, demonstrou simplesmente divertir.
Excelente artigo,bem esclarecedor.
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